RESSURREIÇÃO: A GRANDE VITÓRIA
1ª
Coríntios 15:1-58 (Versos 57, 58)
“Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus
Cristo. Portanto,
meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre
dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de
vocês não será inútil”. 1 Coríntios 15:57,58
O Apóstolo Paulo ao concluir a carta à
Igreja de Corinto transmite uma série de recomendações e oração em favor dos
irmãos da cidade de Corinto (16:1-24).
O foco do texto, no capítulo 15, é
para atenção exclusiva ao tema ressurreição e sua relevância na vida da igreja
e dos crentes.
1. A
Veracidade da Ressurreição (15:1-11).
Os gregos negavam totalmente a
possibilidade da ressurreição do corpo, embora aceitassem a imortalidade da
alma.
Os crentes de Corinto, influenciados
por essa crença, passaram a duvidar da veracidade do ensino cristão sobre a
ressurreição (15:12).
O Apostolo Paulo usa este texto para
chamar os crentes de Corinto de volta à doutrina fundamental do cristianismo, a
ressurreição, e passa a lembra-los que quando lhes anunciou o evangelho, também
havia ensinado sobre a ressurreição e que eles haviam crido para a salvação; e
organizou o seu ensino assim:
- Cristo morreu pelos nossos pecados;
- Cristo foi sepultado;
- Cristo ressuscitou.
- Desse fato havia testemunhas: Cefas
(Pedro), os doze discípulos, e cerca de 500 irmãos, dos quais muitos ainda
viviam, e já havia passado mais de 30 anos da ressurreição de Jesus; além do
testemunho de ter crido o próprio Tiago, irmão de Jesus, e Ele mesmo, Paulo, a
quem Jesus apareceu na estrada de Damasco.
Afirmar que a ressurreição era algo que não podia
acontecer trazia sérias consequências, pois:
- Era negar a ressurreição do próprio
Cristo (15:13)
- Era anular a pregação, que se
centralizava na cruz e na ressurreição.
- Crer em Cristo seria algo sem razão
de ser, sem qualquer valor (15:14).
- Os apóstolos seriam entendidos como
falsos pregadores, porque afirmavam que Deus havia ressuscitado a Cristo
(15:16).
- Todos os que criam em Cristo ainda
estariam nos seus pecados, isto é, sem salvação (15:16,17)
- E tragicamente todos os crentes que
morreram (dormiram) crendo na ressurreição, na verdade estariam perdidos
(15:18).
- Se o crente colocar sua esperança em
Cristo apenas para as coisas desta vida terrena, todo sacrifício de Cristo, sua
morte e ressurreição seriam considerados vãos! (15:19).
2. A
ressurreição de Cristo é a garantia da ressurreição do crente (15:20-34)
A ressurreição de Cristo é uma
realidade.
Ele é as primícias dos crentes que
morreram.
(Primícias – primeiros frutos entregues
como oferta – Lv. 23:10-14).
A ressurreição de Cristo, então, é a
garantia de que os crentes também ressuscitados (Rom. 8:23).
Cristo foi o primeiro a ressuscitar e
permanecer vivo. Com Ele Deus inaugurou uma nova realidade da qual os crentes participarão.
Entre as forças hostis que Cristo
destruirá na sua segunda vinda está a morte (15:24-28) – Com a ressurreição de
Cristo e com a ressurreição dos crentes o seu poder será destruído.
4. O
corpo da ressurreição (15:35-50).
Paulo mostra a insensatez daqueles que
rejeitam o ensino bíblico sobre a ressurreição. Há evidencia bíblica da
ressurreição de Jesus Cristo, que revelam a sabedoria e a manifestação do poder
de Deus (15:35, 36).
- Comparações para entender a ressurreição (15:36-38): Comparado a ressurreição com a semeadura e a
germinação.
A seguir o apóstolo apresentou os
diversos corpos, cada qual apropriado à realidade da sua existência: na terra
ou no espaço sideral; depois afirmou que na ressurreição haverá um corpo
apropriado à vida com Deus, nas mansões celestiais (15:39-42)
- Contrastes para entender o corpo ressuscitado
(15:42-44): Para esclarecer a diferença entre
o corpo sujeito à morte que é semeado, que é colocado na terra ao ser
sepultado, e o corpo ressuscitado.
a) Corrupção – O corpo humano
sujeito à decomposição.
Incorrupção
– O corpo ressuscitado não estará sujeito a deterioração.
b) Ignomínia (desonra) – o corpo
humano é caracterizado pela miserabilidade, pela desonra que acompanha a destruição.
Glória – o corpo ressuscitado será glorioso, à semelhança do corpo
ressuscitado de Cristo (Fl. 3:20, 21).
c) Fraqueza – O corpo humano é
fraco, débil, sujeito a enfermidades.
Poder – o corpo ressuscitado terão
poder que lhe será concedido por Deus que ressuscita os mortos.
d) Animal (natural) – O corpo
humano é físico, terreno, adequado exclusivamente para esta vida.
Espiritual
– O corpo ressuscitado será apropriado para a vida na eternidade, à
semelhança do corpo ressuscitado de Cristo.
Outro grande contraste apresentado por Paulo foi entre
ADÃO E CRISTO (15:45-50):
Adão – O primeiro homem, tornou-se uma
pessoa (alma vivente), isto é, foi criado pelo poder de Deus e era físico,
terreno e dele todos receberam a natureza terrena (física), pecamisoa e também
a morte (Rom. 5:12-14)
Cristo – O segundo homem, no entanto, é espirito
vivificante, pois sua obra salvadora é que dá vida aos que creem nele; Ele é espiritual
e é quem nos dá essa natureza; a sua origem é celestial.
Assim como herdamos de Adão a natureza
terrena, de Cristo, na ressurreição, os crentes herdarão a sua imagem
celestial, receberão, portanto, um corpo semelhante ao que Ele recebeu na
ressurreição.
5. A
grande vitória está na ressurreição (15:50-58).
O corpo físico (carne e sangue) serve
exclusivamente para a vida terrena.
Portanto, na ressurreição haverá uma
transformação dos corpos dos crentes para que possam viver na eternidade.
Mesmo aqueles que estiverem vivos na
ocasião da volta de Jesus Cristo serão transformados para terem o corpo
apropriado para eternidade (15:50-54).
Quando os crentes receberem o corpo
espiritual, semelhante ao de Jesus Cristo então será desfeito o poder da morte
e do pecado. Graças a Deus, Cristo venceu o pecado, a morte, e os crentes também
vencerão (15:57).
Portanto, diante da
ressurreição o apóstolo conclamou os crentes a ficarem firmes na fé. A certeza
da ressurreição deve impulsionar o crente a viver vida cristã e a testemunhar
do Senhor Jesus com a convicção de que seu trabalho não é inútil (15:58).
Aplicação
Há quem despreze a fé, despreze a
Bíblia, também se oponha à ressurreição.
O crente em Jesus não pode abrir mão da crença na ressurreição do corpo, pois
ela é essencial para entender a verdade do evangelho anunciado por Cristo e
depois pelos apóstolos.
Aquele que em algum tempo entregou
sua vida a Jesus e passou a crer no evangelho anunciado por Ele e pelos
apóstolos tem a seguinte trajetória: Nasce (físico), cresce (recebe a Jesus),
morre (físico), passa a estar com Cristo, aguardando a ressurreição (Eternidade).
Bom destacar que no texto o apóstolo trata
apenas da ressurreição dos crentes, mas haverá também uma ressurreição dos não
crentes para a condenação (João 5:29; Mateus 25:31, 32, 34, 41).
De qual ressurreição você participará?
Fonte: Revista Fidelidade – 1ª
Coríntios
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