IGREJA QUE PRECISA SER VIVIFICADA
Igreja 5 -
Sardes - (Ap. 3:14)
Igreja de Sardes (3:1-6) –
Esta igreja não recebeu elogios, apenas
repreensão (3:1-2). Embora o texto, mostra alguns crentes mantidos fieis (3:4).
Sardes foi a capital da Lídia no século VII a. C. Viveu
seu tempo áureo nos dias do reio Creso. Era uma das cidades magnificas do seu
tempo.
Situada
no alto de colina, rodeada com fortes muros, sentia-se imbatível. Seus soldados
e habitantes pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos. Eram orgulhos,
arrogantes e autoconfiantes.
Mas a
cidade forte e orgulhosa caiu nas mãos de Ciro da Pérsia, quando este a cercou
por 14 dias, descoberto um buraco no “forte muro”, o exercito de Ciro passou
por esta fenda e dominou a cidade. A cidade foi destruida
Tudo
isso por causa da autoconfiança e falta de vigilância dos soldados e habitantes
da cidade.
Foi
reconstruída no período de Alexandre Magno e dedicada à deusa Cibele, uma
ramificação da deusa grega Artêmis.
Sardes era uma igreja de boa reputação, parecia viva porque
era atuante e bem sucedida, mas logo é mostrada a declaração de que os crentes
viviam de aparência.
Jesus se apresenta à
igreja de Sardes como aquele que tem a os
Sete Espíritos de Deus (1:4). E aquele que tem as sete estrelas (1:16). Ou seja, Jesus declara sua autoridade divina
sobre a igreja e seus lideres.
Bom destacar que “Sete” no
apocalipse tem sentido de Perfeição
Como em
Sardes, em todas as épocas identificamos pessoas nas igrejas: “Parecem ser
crentes”, mas não estão identificados com a verdade.
Interessante
que normalmente estão sempre ocupados na igreja, nas programações, a até
são bem dedicados nas atividades da igreja, mas acomodados
espiritualmente.
São
como “Perdidos na casa do Pai”, como
aquele filho que ficou na casa do Pai, e não conseguiu perdoar o seu irmão que
voltou (Lucas 15:25-32).
Como em Sardes (3:4), há nas igrejas aqueles que permanecem fieis,
talvez “poucos”, ao crente Jesus adverte: “Se
Vigilante” (3:2), através deste poucos há esperança para restauração da
igreja.
O conselho de Jesus: “Lembrem o que receberam e ouviram” (3:3). Isto é, trazer à memória os ensinamentos da
Palavra, e por isso creram no evangelho. A ênfase “Guarde firmemente”.
Jesus desafia a Igreja à
Vitória (3:6), promete: Roupas brancas,
símbolo da vitória e pureza.
O nome inscrito no livro
da vida, ou seja, a garantia de entrar no céu.
“Aquele
que for fiel a Jesus, mostrando isso em suas atitudes, ações e palavras, pode
ter certeza de que Jesus o reconhecerá diante do Pai e dos anjos”. (Revista Fidelidade –
Apocalipse. Página 14).
O que aprendemos
com a igreja de Sardes?
Igreja que precisa ser vivificada:
1. A necessidade
do reavivamento (3:1,2)
A
Igreja de Sardes vivia de aparência. A igreja tinha fama de notável.
Fisicamente viva, mas espiritualmente morta, havia perdido sua vitalidade,
precisava reavivar-se.
- O reavivamento é
necessário quando há crentes que só têm o nome
no rol da igreja, mas ainda estão mortos espiritualmente, ou seja, ainda não
são convertidos.
Para
que a igreja retome a sua caminhada de fé, precisa manter-se viva independente
das circunstâncias.
- O reavivamento é
necessário quando há crentes em adiantado estado de enfermidade espiritual
(3:2).
Em Sardes a maioria dos crentes apenas tinha o seu nome no rol da
igreja, mas no Livro da Vida.
O
mundanismo adoece a igreja. O pecado mata a vontade de buscar as coisas de
Deus. O pecado mata os sentimentos mais elevados e petrifica o coração. Daí vem
às dúvidas, o medo, a tristeza, depois a consciência e cauterizada.
- O reavivamento é
necessário quando há crentes que embora estejam em atividades na igreja levam
uma vida sem integridade (3:2). Em Sardes
havia crentes vivendo umas vidas duplas. Suas obras não eram integras.
Trabalhavam mais sobre os holofotes. Eles promoviam seus próprios nomes e não o
de Cristo. Ostentavam aparência de piedade mans negavam a Deus e seu poder .
Veja 2Tm. 3:5: “tendo aparência de piedade, mas negando o
seu poder. Afaste-se também destes”. 2 Timóteo 3:5
Deus
deve ser honrado em nossos cultos e vida, a celebração precisa expressar vida,
mas tem que partir de um coração sincero e comprometido com o Senhor.
Veja Isaías 29:13: O
Senhor diz: "Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os
lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é
feita de regras ensinadas por homens”. Isaías 29:13
2. Os
imperativos do reavivamento: (3:2-4)
Jesus aponta três
imperativos para o reavivamento da igreja:
- O primeiro é uma volta
urgente à Palavra de Deus (3:3). A Igreja de
Sardes tinha se apartado da pureza da Palavra. O que eles ouviram deveria
guardar e observar, mas não foi assim em Sardes.
O
reavivamento é uma volta à Palavra, é o resultado do conhecimento e observância
dos mandamentos dos Senhor na Sua Palavra.
Uma
igreja pode ser avivada quando volta sua atenção aos mandamentos e tem uma vida
de compromisso com o Senhor dia a dia da sua vida cristã. Quando uma igreja é
avivada tem prazer na Palavra. Os crentes têm prazer em estudar a Bíblia. A
Palavra torna-se doce como mel. O seu caminhar se renovam e se tornam
atraentes.
O
verdadeiro avivamento é fundamentado e orientado na Palavra de Deus.
- O segundo é a vigilância
espiritual (3:2). Sardes caiu porque não
vigiava. Foi tomada de surpresa, como abordamos acima, porque não vigiou.
Jesus
alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não acordar, Ele virá a ela como
o ladrão de noite, inesperadamente. Para aqueles que pensam que estão salvos,
mas ainda não se converteram, aquele dia será dia de trevas e não de luz.
Veja Mateus 7:21-23: "Nem
todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas
aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’
Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” Mateus 7:21-23
Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’
Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” Mateus 7:21-23
A
igreja precisa ser vigilante contra as ciladas de Satanás, contra a tentação do
pecado. Em Sardes os crentes estavam sonolentos e não mortos. E Jesus exorta a
igreja a se levantar da letargia.
Veja Efésios 5:14: Por
isso é que foi dito: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os
mortos e Cristo resplandecerá sobre ti". Efésios 5:14
O
crente fiel precisa estar vigilante para não cair no pecado, e também para
preservar a igreja da decadência e da sua extinção, restabelecendo sua chama e
seu ardor pelo Senhor.
- O terceiro é uma volta e
manutenção da santidade (3:4). Em Sardes
muitos se afastaram da vida de santidade. Embora houvesse algumas pessoas que
permaneceram fieis a Cristo.
Crentes
verdadeiros não se contaminam com o mundo. Suas obras expressam sua integridade
diante de Deus. Suas vestes não estão manchadas de pecado e impureza.
A
integridade afina o caráter, e segue a motiva certa, e produz vida santa.
3. O agente do
reavivamento.
Jesus é
o agente do reavivamento. Ele pode trazer reavivamento para igreja por três
razões:
- Ele é o dono da Igreja
(3:1).
Ele tem “Sete Estrelas” em
suas mãos, Aqui uma referencia aos pastores da Igreja. Mas também significa que
a Igreja pertence a Ele. Ele controla a Igreja.
O
Senhor Jesus tem autoridade e poder para restaurar e vivificar a igreja. Cristo
é o dono da igreja. Ele tem cuidado da Igreja. Ele exorta, consola, cura e
restaura.
- Ele é
quem reaviva a igreja por meio do Espírito (3:1). O problema de Sardes era a
morte espiritual.
Cristo
é o que tem o Espírito Santo, o único que pode dar vida. A igreja precisa se
submeter a Cristo para ser avivada ou enfrentará um sepultamento.
Somente
o Sopro do Espírito pode trazer vida para o vale de ossos secos. (Ez.37:3).
Jesus é quem envia o Espírito à igreja para reaviva-la. O Espírito Santo é quem
concede vida uma igreja que deseja ser avivada. Quando o Espírito Santo atua na
igreja, sua adoração formal passa a ter vida exuberante. Os crentes passam a
ter uma vida de oração, de estudo da Palavra, e passam a dar testemunho do
Poder de Cristo.
4. As
bênçãos do reavivamento.
- A santidade agora, é a
garantia da glória futura (3:5). A maioria dos
crentes de Sardes tinham contaminado suas vestiduras, isto é, tornaram-se
impuros pelo pecado.
Sem
santidade não há salvação. Sem a Santificação ninguém verá a Deus. Sem vida com
Deus aqui, não haverá vida com Deus no céu. Sem santidade na terra não há
gloria no céu.
- Quem não se envergonha
de Cristo na terra, terá seu nome proclamado no céu (3;5). O salvo jamais será tirado do rol do céu.
Importante
é ter a consciência que o nome do salvo está registrado no livro da vida a fim
de que seja proclamado por Cristo no céu.
Veja Mateus 10:32: "Quem,
pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai
que está nos céus”. Mateus 10:32
Portanto, a Igreja Viva, “Ouve o que o Espírito diz às Igrejas”,
e anda no caminho do Senhor, e por Ele ela é reavivada.
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