IGREJA QUE SE APRESENTA IRREPREENSÍVEL
Igreja 2 –
Esmirna (Ap. 2:8-11)
Warren
Wiersbe diz que a palavra “Esmirna” vem de “mirra”, uma erva amarga. Então, o
nome da cidade é bem apropriado para uma igreja que estava enfrentando perseguição.
A revelação que Jesus faz
nesta carta à Igreja de Esmirna tem a ver com a cidade e com a Igreja:
- Uma Igreja pobre numa cidade rica.
- Uma Igreja que enfrentava a morte numa cidade que havia morrido e ressuscitado, isto porque ela foi destruída por completo no ano 200 a.C. E foi reconstruída Lisimaco, e fez dela a mais bela cidade da Ásia.
- · Uma Igreja Vitoriosa, para os crentes dessa cidade, Jesus prometeu a coroa da Vida.
- Uma Igreja Fiel até a morte, ou seja, mesmo tendo que morrer, permaneceu fiel.
Para Esmirna Jesus se apresenta como o eterno e poderoso
para vencer a morte.
Igreja
irrepreensível é aquela, que independente
da condição material é rica por causa da sua força espiritual para suportar as
pressões que surgem de fora, e se esforça por manter-se fiel ao Senhor e ao seu
propósito de serviço cristão no mundo.
Jesus avisou a Igreja de
Esmirna que o a perseguição e os ataques
do mundo ímpio estaria presente durante a sua existência: a tribulação duraria
dez dias (2:10). Significando um período
curto mais completo, que está sob o controle do Senhor.
Assim como para Esmirna,
Jesus avisa que a perseguição é um fato na experiência da igreja; mas
oferece aos crentes duas exortações: A
primeira, para não ficar com medo, mas para manter-se fiel, mesmo que
tenham que morrer.
A segunda é uma promessa: “dar-lhes a coroa da vida”. (2:10).
Na
revelação do apocalipse observamos a promessa de Jesus que o vencedor não
experimenta a segunda morte, que é eterna para o ímpio (Ap. 20:6, 14-15;
21:18).
O crente
não deve olhar para o sofrimento, que o testemunho de Jesus pode lhes trazer,
mas seus olhares devem estar dirigidos para a promessa da fé - A VIDA
ETERNA.
O que aprendemos
com a Igreja de Esmirna?
Igreja Irrepreensível:
1. Porque não se
contamina com os ídolos e a imoralidade (2:8, 9).
É como
em Esmirna que teve sua visão espiritual firmada nos mandamentos do Senhor e
não se contaminou com o culto idolatra e imoral do paganismo do seu tempo.
Jesus
mostra conhecer a igreja de Esmirna, e a sua tribulação, e transmite palavras
de conforto e encorajamento.
A
Igreja de Esmirna uniu-se intimamente ao Senhor Jesus, identificando-se com o
Seu sacrifício por ela, por isso se manteve firme e não se contaminou com vida
imoral e os erros espirituais dos seus contemporâneos.
Quatro destaques
da experiência da Igreja de Esmirna:
- Enfrentar
a tribulação (2:9):
A ideia
de tribulação, é passar por aperto, por sufoco, como um esmagamento. Quando as
pressões dos acontecimentos pesam sobre a igreja e a força da circunstancias
procura forçar a igreja a abandonar a sua fé.
Foi assim em Esmirna a Igreja estava sendo
atacada e perseguida, sofriam a pressão da adoração ao Imperador como se fosse
deus. Os estudos dão conta de que de uma única vez 1200 crentes foram lançados
do alto do monte Pagos, porque não se dobraram diante do “Deus Imperador”.
Os
crentes estavam morrendo por causa da sua fé. É possível que Policarpo tenha
sido pastor de Esmirna naquele tempo. Discípulo de João. Fiel até a morte, este
dedicado pastor foi queimado vivo no ano 155 d. C. Seus carrascos pediram-lhe
que dissesse: “Cesar é Deus”, mas ele recusou-se a fazê-lo. Assim Policarpo foi
levado para um estádio e queimado vivo em uma pira.
- Enfrentar a escassez
devido a sua pobreza material:
A
palavra grega que identifica o estado de pobreza da Igreja de Esmirna é “Pthochéia”, que significa pobreza
extrema, esta situação era um efeito colateral da tribulação, como por exemplo,
os bens da igreja eram confiscados pelos perseguidores.
A
Igreja pode passar por escassez material, mas tem a riqueza espiritual da vida
com o Senhor, por isso se mantem fiel, não negocia os seus princípios por
circunstância alguma.
- Enfrentar a difamação:
No caso
de Esmirna, falsos rumores a respeito dos crentes eram espalhados por toda a
comunidade. Os acusadores dos crentes são chamados no texto de “Sinagoga de Satanás”, porque eram
usados pelo inimigo “O Pai da Mentira”.
Quem
difama a Igreja, faz o mesmo com Cristo; mas sofrer por causa do nome de Jesus
é ter a alegria de que o seus nomes está escrito no Livro da Vida.
- Enfrentar a prisão:
Alguns
crentes em Esmirna enfrentaram prisões por defender sua fé em Jesus.
Jesus
passa a mensagem para a Igreja a partir de uma visão mais elevada, as detenções
tinham outra finalidade: “para serem
postos à prova”. Era o teste da sua fidelidade ao Senhor.
Em
muitos países em nossos dias muitos crentes passam por prisões. Mas a Bíblia
diz que Deus é fiel e não permite que os crentes sejam provados além das suas
forças. Ele supervisiona tudo.
2. Porque a
Igreja sabe que ela é percebida por Jesus. (2:9)
A
avaliação de Jesus é diferente da avaliação do mundo. Enquanto o mundo avalia
os homens pelo TER, Jesus os avalia pelo SER. Importa SER rico para com Deus.
A
Igreja de Esmirna era pobre materialmente, mas rica em fidelidade para com
Deus.
Ser
rico para com Deus, significa ser rico na fé, rico em boas obras, é quando a
igreja e os crentes podem contar com as insondáveis riquezas de Cristo.
3. Porque a
Igreja está pronta a fazer a obra, mesmo que se sacrificando para honrar a Deus
(2:10).
A
questão em destaque não é ser fiel até o ultimo dia da vida, mas fiel até o
ponto de morrer por sua fidelidade. É preferir morrer a negar a Cristo.
Jesus é
exemplo “Foi obediente até a morte e
morte de cruz”. No apocalipse fica claro a respeito de Jesus: “Ele foi
da Cruz até a Coroa”.
A
cidade de Esmirna era fiel a Roma, mas a Igreja e os crentes eram chamados a
serem fieis a Jesus.
Jesus
espera que sua igreja e Seu povo demonstrem sua fidelidade na vida, no
testemunho, na família, nos negócios, na fé.
4. Porque a
Igreja sabe que Jesus está no controle de todos os momentos e experiências da
sua existência (2:9-11)
Jesus
conhece a Sua Igreja e tudo que acontece com ela (2:9). Saber isto é fonte de
consolo para a Igreja.
Em meio
a tribulação conforta a Igreja o saber que pode contar com o Senhor que
compartilha com ela a sua presença. Jesus conhece as aflições da Igreja, porque
anda no meio dos candeeiros (Igrejas). Sua Presença nunca se afasta.
A
Igreja não está solta ao léu. A Bíblia diz que o Senhor da Igreja não dormita
(cochilar), nem dorme. Ele olha para igreja. Ele sabe o que se passa no seio da
igreja.
Fica
claro entender, que os sofrimentos acontecem com o propósito de conceder a
Igreja a prova da sua confiança no Senhor, e não será destruída (2:10).
O fogo
das provas consome a escória, queima a palha, porém torna a Igreja mais pura. O
adversário da igreja, tenta destruí-la; Jesus prova a igreja para refina-la. É
necessário que a Igreja olhe para além da prova, e perceba o glorioso propósito
de Jesus.
A
expressão do texto “Não temas as cousas
que tens de sofrer”, é a expressão de três verdades: A primeira é que as
provações são certas; a segunda é que será limitada (O Senhor no controle); a
terceira é que será breve (tem um tempo para terminar).
Portanto, a mensagem para as igrejas é:
Considerem-se candidatas a VIDA. “O
Vencedor não sofrerá a segunda morte” (2;11).
A
Igreja de Jesus pode enfrentar a morte e o martírio, mas escapará da condenação
eterna.
A
Igreja precisa ser fiel, mesmo tendo que morrer em defesa da sua fé em Jesus.
Pode perder a vida, mas a coroa da VIDA ETERNA lhe será dada.
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito dias às
igrejas” (2:11)
Comentários
Postar um comentário