IGREJA ENRIQUECIDA MATERIALMENTE, MAS POBRE ESPIRITUALMENTE

Igreja 7 - Laodicéia (Ap. 3:13-22)
Igreja de Laodicéia – Participava da riqueza e da prosperidade da cidade. Era uma Igreja rica (3:17); mas espiritualmente era pobre.

A cidade de Laodicéia foi fundada em 250 a.C. por Antioco da Síria. Ficava no meio das grandes rotas comerciais. William Hendrikson diz que Laodicéia era o lar dos milionários. Era a cidade de banqueiros e de transações comerciais.

A igreja tinha a cara da cidade. Em vez de transformar a cidade, a igreja tinha se conformado a ela. Laodicéia era lugar de pessoas que transigiam com o pecado. E a Igreja tornou-se também transigente. A riqueza material da igreja estava em consonância com a riqueza da cidade.

Esta igreja não recebeu um elogio sequer.

Jesus é identificado junto à igreja como: “Aquele que é verdadeiro e em quem se pode confiar e como agente da criação” (3:14).

Severa acusação à igreja do tipo Laodicéia: “Uma igreja morna, e arrogante, e por isso cega” (3:16-18).

Igreja que, como a de Laodicéia, é igreja orgulhosa: de haver adquirido riquezas materiais, de ser prospera, de ser uma igreja de sucesso; mas não consegue enxergar o seu terrível estado espiritual.

Espiritualmente Laodicéia estava numa situação crítica: 

- Miserável, pobre, cega e nua!

Advertências para que a Igreja se arrependa e busque RIQUESA ESPIRUTAL:

“Abrir a porta para Jesus” – Para Ele entrar e fazer parte da vida da Igreja (3:20).

“Comprar ouro refinado” – a riqueza da persistência da fé.

“Adquirir vestes brancas” – limpeza espiritual (interior), vida transformada por Jesus.

As igrejas podem e devem buscar estar equipada com recursos materiais para suas atividades; mas o melhor equipamento é ter dentro da igreja, crentes com vidas santificadas onde Cristo tem lugar no seu coração e na sua vida.

O que aprendemos com a igreja de Laodicéia?

Igreja rica materialmente, mas pobre espiritualmente:

1. O diagnostico que Cristo faz da igreja:

O Cristo que está no meio dos candeeiros e anda no meio deles. Sonda a Igreja e a conhece, como em Laodicéia:

Igrejas que perdem o seu vigor (3:16-17).
Igrejas que perdem os seus valores (3:17-18).
Igrejas que perdem a sua visão (3:18 b).
Igrejas que perdem sua investidura espiritual (3:17-22).

A Igreja de Laodicéia na sua vida religiosa era frouxa e anêmica. Parecia que os crentes da igreja tinham tomado um banho morno de religião. Qual o diagnostico?

- A falta de fervor espiritual da igreja (3:15). Na vida cristã há três temperaturas espirituais:

1)    Um coração ardente (Lucas 24:32 – Perguntaram-se um ao outro: "Não estavam ardendo os nossos corações dentro de nós, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?" Lucas 24:32).

2)    Um coração frio (Mateus 24:12 – Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”. Mateus 24:12)

3)    Um coração Morno (Apocalipse 3:16 – “Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca”. Apocalipse 3:16)

Os problemas de Laodicéia não eram: teológicos-doutrinários, nem moral, não havia falsos profetas, nem heresias. Não havia pecados de imoralidade nem engano. Não há na carta menção de hereges. O que faltava na igreja era FERVOR ESPIRITUAL.

Mais fervor não quer dizer fanatismo. Fanatismo é um “fervor” irracional. Jonathan Edwards disse precisamos ter luz na mente e fervor no coração.

Entusiasmo é parte essencial do Cristianismo. Os crentes não devem ter medo das emoções, e sim do emocionalismo.

- Igreja e crente morno é pior que um incrédulo frio (3:15,16). A indiferença espiritual é pior que a frieza. Um crente morno é cer cego à sua verdadeira condição.

- A autoconfiança da igreja muitas vezes é absolutamente falsa (3:17). O autoengano é uma grande tragédia. Em Laodicéia considerava-se rica e era pobre.

O fariseu, equivocadamente, deu graças por não ser como os demais homens. Muitos no dia do juízo vão estar enganados (Mateus 7:21-23).  Laodicéia era morna devido à ilusão que alimentava a respeito de si mesma.

- Jesus revelou que um crente morno, em vez de ser o seu prazer, provoca-lhe náuseas (3:16).  Cristo repudia totalmente aqueles cuja ligação com Ele é puramente nominal e superficial.

2. O apelo que Cristo faz à Igreja.

- Cristo se apresenta à igreja como um conselheiro espiritual (3:18). Cristo prefere dar conselhos em vez de ordens. Sendo soberano do céu e da terra, criador do universo, tendo o direito de emitir ordens para que lhe obedeça, prefere dar conselhos.

A suficiência está em Cristo. A Igreja julgava-se autossuficiente, mas os crentes deveriam encontrar sua suficiência nos conselhos de Jesus Cristo: “Aconselho-te que compre de mim...”  

- Cristo chama a Igreja a uma mudança de vida (3:19). Cristo não desiste da Igreja. Apesar da sua condições,  Ele a ama. Antes de revelar o Seu juízo (“vomitar da sua boca”) Ele demostra a Sua misericórdia (“reprendo e disciplino aqueles que amo”).

Arrepender-se é dar as costas para um cristianismo de aparência, de faz de conta, de mornidão.  A piedade superficial nunca salvou ninguém.

- Cristo convida a Igreja para a ceia, uma profunda comunhão com Ele (3:20 – Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo”. Apocalipse 3:20)

Aqui está claro que o texto fala a uma igreja que Cristo, o Senhor da Igreja, está do lado de fora. A Igreja não tem comunhão com Ele.

Cristo faz um apelo pessoal. Ele coloca-se em frente da porta da Igreja. Ele bate. Ele deseja entrar. É uma visita do amado da igreja. Ele espera que a Igreja abra a porta para que Jesus entre e faça morada. O convite é para um relacionamento pessoal com Cristo. É um convite para cear.

3. A promessa que Cristo faz à Igreja (3:14, 21, 22).

- Jesus tem competência para fazer promessas (3:14 – “Ao anjo da igreja em Laodicéia escreva: Estas são as palavras do Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o soberano da criação de Deus” Apocalipse 3:14).  Jesus cumpre o que diz

- Jesus tem autoridade para tornar a promessa realidade (3:14). Cristo é o principio de toda a criação de Deus. Jesus é aquele que é a origem de toda a criação. Como colocou ordem no caos do universo, Ele pode arrancar a igreja do caos espiritual.

- Jesus tem poder para conduzir os vencedores ao seu trono de glória (3:21, 22). Cada uma das sete cartas terminou com uma promessa aos vencedores.

Esses vencedores diz Warren Wiersbe, não é um grupo de elite dentro da igreja. Mas os verdadeiros crentes que confiam em Cristo.

Quando Cristo entra na Igreja, ela recebe a riqueza do Reino. Recebe vestes brancas de justiça. Os olhos da Igreja e crentes são abertos. A igreja vencedora passa a fazer parte das promessas do Senhor. Assentará com Cristo no Seu trono. “Trono” – É símbolo de conquista e autoridade.

Quando a Igreja abre a porta para Cristo entrar. Recebe a promessa de entrar na Casa do Pai. Quando recebe Cristo para cear, recebe a promessa de sentar com Ele no Seu Trono.

APLICAÇÃO. Diante das lições sobre as Sete Igrejas, aprendemos:

Uma igreja autentica e leal ao Senhor Jesus, precisa estar identificada com a pratica do amor cristão, e à pureza doutrinária.

Uma igreja pode ter atividades religiosas excelentes, e ser bem sucedida, mas deve fortalecer-se no Senhor Jesus, para não fracassar espiritualmente.

O fato de Jesus conhecer o que a igreja realiza (obras), conforta os crentes e ao mesmo tempo é um estimulo para caminhar nos cuidados para que não perca a sua essência de servir ao Senhor da Igreja.

A Igreja está diante do mundo para testemunhar da sua fé; por isso precisa fazer a escolha certa: Ficar firme e permanecer fiel aos princípios do evangelho, mesmo se passar pelas provações.

Cada crente em Jesus é um vencedor, não na perspectiva deste mundo, mas na perspectiva da eternidade, da vida com Jesus.

Todas as promessas de Jesus dizem respeito à vida no céu, mas a igreja sabe que pode contar com a sua presença a cada dia “Até à consumação dos séculos”.

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