APOCALIPSE: TRÍPLICE MANIFESTAÇÃO DO INIMIGO (parte 8).


A Besta, o Falso Profeta, o Anticristo.
Apocalipse 13:1-18 (20:10).

“O diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre”. Apocalipse 20:10

Para entender o texto é preciso lembrar que as igrejas da Ásia Menor estavam sendo perseguidas pelo império romano e para os crentes este império era inimigo terrível, aparentemente invencível.

Também é preciso estar consciente que o livro do Apocalipse foi escrito com objetivo de encorajar os crentes dos dias de João a se manterem fiéis a Jesus Cristo, tendo a certeza de que o mal seria derrotado e a justiça de Deus triunfaria.

Ao ler e aplicar o texto do Ap. 13 deve ser entendido sob as circunstancias da experiência dos irmãos da Ásia, e que o mesmo Deus atua triunfante em toda a historia em favor da sua igreja.

1. A BLASFEMEA DA BESTA DO MAR (13:1-10).

A besta que surgiu do mar tinha aparência monstruosa: Sete cabeças; dez chifres, em cada cifre uma coroa de rei.

No capítulo 17, temos a revelação:

- “Sete Cabeças” são sete montes (17:10);
- “Dez Chifres” são dez reis (17:12);

Entende-se aqui que esta “besta do mar” não é uma pessoa, mas o império romano; veja que interessante: A cidade de Roma estava edificada sobre sete colinas. E os dez reis simbolizam a totalidade e poder dos imperadores que reinaram em Roma.

Na cabeça do mostro havia nomes Blasfemos, isto faz referencia ao fato de os imperadores usarem “titulo divino” e exigirem ser adorados.

A besta do mar havia recebido o seu poder, o seu trono e a sua autoridade do dragão (Satanás), então se conclui que o poder do império romano e do imperador lhes foi concedido por Satanás (12:9).

O poder do império não era absoluto, uma vez que Satanás já foi derrotado (12:7-9); pela vitória de Jesus na Cruz (12:10-12).

O Apocalipse mostra aos cristãos da Ásia que o poder do império era limitado (13:5 – 1260 dias); Não adorado por todos (13:8 - ímpios).

Avisados da tribulação que sofreriam; receberam duas advertências:

- Não reagir com espadas à perseguição dos algozes, pois a vitória não dependia da atitude humana, mas assegurada por Deus (2:7, 10, 11,26-28; 3:5, 12, 21).

- Deviam ter paciência (perseverança), aceitando corajosamente o desafio de suportar a perseguição, na confiança de que Deus, no seu momento se manifestaria com o juízo.

Portanto, a besta do mar é o símbolo de qualquer sistema humano que seja venerado e adorado, ocupando desta forma a lealdade que se deve exclusivamente a Deus e a seu Filho Jesus.  

Durante toda a história, aqueles que têm seu nome no Livro da Vida do Cordeiro continuarão a ser alvo de algum tipo de perseguição, pois a “besta do mar” continua ativa, mas o crente deve permanecer fiel ao Senhor Jesus em quaisquer circunstâncias.

2. A FALSIDADE DA BESTA DA TERRA (13:11-18)

Agora surge um mostro da terra. Este te dois chifres semelhantes de um cordeiro.

A “besta da terra” à semelhança de um cordeiro, símbolo de mansidão, esta “besta” apresenta-se como de natureza mansa e religiosa, fazendo-se semelhante ao Cordeiro (No Apocalipse o Cordeiro é Jesus – 5:6, 8, 12, 13; 7:17; 13:8; 22:1, 3).

A fala desta besta vem do dragão, que é Satanás (12:9; Gn 3:1, 13 – no Edem). O que deixa claro o seu intento maligno e destruidor.

Esta segunda besta tem a missão de organizar e impor adoração à besta do mar – entendido aqui que é o culto ao imperador (13:12, 14, 15, 17).

A “Besta da Terra”, portanto, é o “Falso Profeta”, que induzir as pessoas à adoração do falso deus “Imperador” (13:13, 14).

“O falso profeta”: símbolo referindo-se aos sacerdotes que lideravam o culto ao imperador. A “Besta da Terra” é símbolo da falsa religião.

A besta, o falso profeta, destinados ao lago de fogo, onde está o dragão (Satanás – 20:10).

Portanto, quando o poder político se apoia na religião para ampliar e consolidar sua dominação, ou toda vez que religião se alia ao poder politico para impor-se ao povo, percebe-se a manifestação da “besta da terra” – é a religião corrompida, que coloca o homem no lugar de Deus, a lealdade politica acima da lealdade a Deus.

3. A IMPERFEIÇÃO DOS OPOSITORES DE DEUS – O ANTICRSITO (13:17,18)  

O texto aponta para um numero 666, João diz que é um número de “Um homem”.

É sabido que os números no Apocalipse são simbólicos:

- “Sete” – Simboliza um numero completo ao qual não falta nada.
- “Seis” – Simboliza um numero incompleto.
- “666” – Representam o caráter, extremamente imperfeito dos opositores de Deus, ou Anticristo(s).

Besta, Falso Profeta, Anticristo – são imperfeitos, e isto fica bem nítido nas manifestações hostil destes, contra o povo de Deus, e contra Cristo.

Os crentes da Ásia entendiam que esta revelação se referia a Domiciano e seus sacerdotes.

Na revelação: Os adoradores da besta recebem uma marca, ou um sinal que os identifica, que não é meramente físico, a marca refere-se ao culto que prestavam ao Imperador.

Assim como os Seguidores do Cordeiro recebem o Sinal de Deus (7:2, 4), que também não é físico e nem visível. O selo, ou sinal da marca de Deus nos cristãos é o ESPIRITO SANTO (Ef. 1:13; 4:30; 2Co. 1:22).

IMPORTANTE:

Interpretações que veem a marca da besta como um chip subcutâneo, rede de computadores, código de barras, ou cartões magnéticos. Tudo isso é fruto da imaginação das pessoas.

Até por que, uma vez que tais revelações eram do conhecimento dos primeiros leitores (Sete Igrejas da Ásia Menor) não fariam sentido para eles.

Também interpretar o 666 como sendo o nome de algum personagem histórico que já existiu ou de alguém que ainda existira é fantasioso. Isso tem levado a afirmações absurdas e que se mostram inverídica.

A Besta, o Falso Profeta, e o Anticristo, portanto é qualquer sistema religioso aliado à política, ou que queira impor como prioritário aos homens; ou que exige que se submeta a eles (é a marca da imperfeição).

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