APOCALIPSE: AS TAÇAS DO JUIZO DIVINO (parte 9)
Apocalipse 14:1 – 17:18 (17:14)
“Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é o
Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados,
escolhidos e fiéis". Apocalipse 17:14
As visões referindo-se aos capítulos 12 a 13 mostram os
crentes sendo perseguidos de forma hostil, tendo que suportar com paciência e
fidelidade o terrível sofrimento trazido por causa do amor a Cristo.
Mas o texto a partir do capítulo 14 a 17, o Senhor revela a
João a sua atuação de juízo, como encorajamento para os crentes perseguidos.
O texto mostra o Juízo Divino e a derrota do Dragão, da Besta,
do Falso Profeta, e o Triunfo do Cordeiro e do Seu Povo.
1. O CORDEIRO FAZ O JULGAMENTO (14:1-20).
O Cordeiro que é Jesus (5:6-14): Ele é quem vem para
estabelecer o julgamento.
“Sobre
o Monte Sião”: Esta citação não deve ser percebida
de maneira literal, o significado aqui é entender que no Novo Testamento “Monte
Sião” é apresentado como símbolo de uma realidade (Hb. 12:22-23).
O Cordeiro de Deus está com os 144 mil: Como já vimos este
número simboliza a grande multidão, a totalidade dos salvos (7:4-9).
A citação dos 144 mil aqui nos salta aos olhos a afirmativa
do texto: “não se havia contaminado com mulheres” (14:4) – dito assim não
significa apoio ao celibato, como alguns podem querer; aqui precisa ser
entendido a partir do ensino da Palavra.
A contaminação segundo o Velho testamento significa a infidelidade
a partir da idolatria, que em muitos textos é chamado de “Prostituição, ou
adultério Espiritual”. (Ex. 34:15; Dt. 31:16; Jz. 2:17; Jr. 3:8, 9; Ez
16:17-25; 23:37).
Os 144 mil, simbolizam aqueles que não adoraram a besta nem
a sua imagem, isto é, não cometeram prostituição espiritual, não se tornaram idiólatras.
(14:8; 17:1-2, 4-5; 18;1-3, 9; 19:2).
Aparecem três anjos anunciado o juízo divino (14:6-12):
O primeiro anuncia “O evangelho eterno”.
O segundo anuncia a “destruição”, para os crentes da Ásia,
estava claro que se referia “Destruição de Roma”.
O terceiro avisou do “castigo” que estava reservado para os
adoradores da besta (os idolatras).
Imediatamente João tem a visão do julgamento que é representado
por dois símbolos que era bem conhecido no Velho Testamento: A colheita dos
grãos, e das uvas. O horror ao julgamento aparece na revelação simbolizada pelo
“Mar de Sangue”.
Quem
faz o julgamento é JESUS! O Senhor Jesus é
quem executa o juízo divino sobre a desobediência, ao longo da história, agora
e no Dia final. !Mt. 24:30; Mt. 26:64).
2. AS SETE TAÇAS DO JUIZO DIVINO (15:1- 16:21):
Todo juízo divino está sob o comando do Senhor (15:6-8),
Ele atuou em favor dos crentes da Ásia contra Roma, seus perseguidores, e atua
também em toda a história em favor da sua igreja e do seu Povo.
A
“Primeira Taça – Flagelo sobre a Terra” (16:2):
Juízo sobre os adoradores da besta, como na primeira trombeta.
Adoração ao Imperador, ou a qualquer um sistema politico ou
religioso que se coloca no Lugar de Deus.
A
“Segunda Taça – Flagelo no mar” (16:3): Como
aconteceu no toque da segunda trombeta.
A
“Terceira Taça – Flagelo no rio” (16:4-7): A
mesma forma apresentada no toque da terceira trombeta.
A
“Quarta Taça – Produz Flagelo no Sol” (16:8,9):
Assim foi no toque da quarta trombeta.
A “Quinta Taça” – Foi lançada sobre o “Trono da Besta”
(16:10). E o sistema corrupto se transtornou, caiu em completa desordem, porque
não se arrependeram.
A
“Sexta Taça – Flagelo sobre o Rio Eufrates” (16:12): Como o referido toque da sexta trombeta.
O Rio Eufrates, era uma defesa natural de Roma contra o
ataque de inimigos, secando o rio o caminho ficava aberto para os ataques
destruidores.
“Armagedom”
(16:16) – Para alguns João faz referencia ao
Vele das Montanhas de Megido, onde se notou algumas batalhas. Mas no texto não
é referencia a um lugar, aqui significa “O Dia da Batalha do Senhor” – O Confronto
do Dragão (Satanás) com o Cordeiro (Jesus). Quando o Senhor proclama a derrota
de Satanás.
A
“Sétima Taça” (16:17,18): Assim como no toque
da sétima trombeta. O Texto mostra a manifestação da “Ira do Senhor ”. João ver
a destruição, primeiro do Império Romano, a intervenção Divina em favor do seu
Servos da Ásia, assim como se manifestará o “Juízo Final”, em favor da Igreja e
do Seu Povo.
3. O JUÍZO DIVINO DIANTE DA INFIDELIDADE (17:1-18).
A infidelidade no texto está representada o que João chama
de “A Grande Meretriz e a Besta” (17:1). Retratada por uma mulher!
Na Palavra a ideia de prostituição é aplicada à idolatria, pois
é um ato de infidelidade a Deus. (Is. 1:21-25; Ez. 16:15-25).
“Assentada
sobre muitas águas” (17:15): Indica muitos
povos que se desviam para adorar a ídolos.
“Estava
ricamente enfeitada, repugnante, a grande Babilônia, a mãe de toda a abominação
na terra” (17:4, 5, 14):
Abominação é encontrada na Palavra significando também idolatria
(Ex. 8:26; Jr. 13:27; Ez. 14:6; e 20:7).
Aparece
mais uma vez a ideia de “Sete cabeças e sete chifres” (17:3, 9) – João já deixou claro que se trata Montes e Reis.
A cidade de Roma edificada sob Sete Montes; e os Sete Reis representados aqui a totalidade dos imperadores que buscavam
adoração para si.
Para
os crentes da Ásia: Babilônia, a Grande Prostituta. Indicava-lhes Roma e seus imperadores que os perseguia porque
permaneciam fiéis ao Culto ao Senhor Jesus.
O
Juízo Divino se levanta em defesa dos seus fieis.
Assim em toda época e história da igreja, ela deve se manter fiel ao Senhor prestando-lhe
o Verdadeiro Culto, mesmo que isto lhe custe sofrer perseguições.
APLICAÇÃO.
O que foi dito a respeito da infidelidade de Roma se aplica
durante toda a história a nações, governos, governantes, ideologias e religiões
que se levantam contra o Cordeiro, que lutam contra ele e contra o seu povo
pensando destruí-lo. Combaterão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro vencerá.
Fonte: Revista Fidelidade - Apocalipse lição 10
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