PERFEITO AMOR: A prova da filiação é o viver retamente.

1ª João 3:3-10

Introdução a 1ª João 3

Marcas distintas dos filhos de Deus e dos filhos do diabo.
O Amor fraterno, a essência da verdadeira justiça.

Deus é perfeito amor

1. Seu amor manifesta-se na exaltação do crente à condição de filho, v. 1,2
2. A prova da filiação é o viver retamente, v. 3-10
3. O amor fraternal é a característica distintiva da vida espiritual, v. 11-15
4. O amor manifesta-se no sacrifício, não apenas por meio de palavras, v. 16-18
5. O resultado do amor é garantia de resposta às orações, v. 19-22
6. A fé e o amor fraternal são essenciais à comunhão com Deus, v. 23,24

Nos versos 1 e 2, vimos o amor de Deus manifestado na exaltação do crente na condição de Filhos de Deus, agora nesta condição o que se espera do crente “filho de Deus” é a sua vida de retidão diante de Deus.

A prova da filiação é o viver retamente.
1ª João 3:3-10

v.3. Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.

v.4. Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.

v.5. Vocês sabem que ele se manifestou (Jesus) para tirar os nossos pecados, e nele não há pecado.

v.6. Todo aquele que nele permanece não está no pecado. Todo aquele que está no pecado não o viu nem o conheceu.

v.7. Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo.

v.8. Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo.

v.9. Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus.

v.10. Desta forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus; e também quem não ama seu irmão.
1 João 3:3-10

Verdades Prática do Texto:

Os Filhos de Deus:
- Purificam-se
- Pratica a justiça
- Não é dominado pelo pecado (obediente).

1. NEle (Jesus) temos a Esperança.

“v.3. Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro”. 1 João 3:3

a) “Essa esperança” – de ser daqui em diante “semelhante a Ele”. Fé e amor, assim como a esperança, fundamentados em suas promessas. Como ocorrem em 1Jo 3:11,23.

b) “purifica a si” – pelo Espírito de Cristo nele A justificação pela fé é pressuposta.

c) “Como também ele é puro” – imaculado com qualquer impureza. A Segunda Pessoa (Jesus), por quem tanto a Lei como o Evangelho foram dados.

2. Quem Transgride a Lei?

“v.4. Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei”. 1 João 3:4

a) “pratica o pecado” – em contraste com 1Jo 3:3: “Todo homem que tem esta esperança nEle purifica-se”; e 1Jo 3:7: “Aquele que pratica a justiça.”

b) O pecado é incompatível com o nascimento de Deus (1Jo 3:1-3).

c) transgride… a lei – o grego “comete transgressão da lei”. A lei de pureza de Deus; e assim mostra que ele não tem essa esperança de ser a partir de agora puro como Deus é puro e, portanto, que ele não é nascido de Deus.

3. Quem se manifestou para tirar os nossos pecados?

“v.5. Vocês sabem que ele se manifestou para tirar os nossos pecados, e nele não há pecado”. 1 João 3:5

a) “Ele se Manifestou” -  ELE JESUS - Prova cabal da incompatibilidade do pecado e da filiação; o próprio objeto da manifestação de Cristo na carne era “tirar” todos os pecados, como o bode expiatório fazia tipicamente (No AT).

(no original - por um ato, e inteiramente consumado)

b) “Nele não há pecado como em 1Jo 3:7, “Ele é justo” e 1Jo 3:3 “Ele é puro”. Portanto, devemos ser assim.

4. Quem NEle Permanece...

v.6. “Todo aquele que nele permanece não está no pecado. Todo aquele que está no pecado não o viu nem o conheceu”. 1 João 3:6

a) “Aquele que nele permanece” - Ele sabe da completa separação de Cristo do pecado, de que aqueles que estão nele também devem ser separados da possibilidade de pecar.

O salvo: É o ramo na videira, pela união vital (com Cristo) que vive pela Sua vida.

b) não pratica o pecado – Na medida em que ele permanece em Cristo, ele está livre de todo pecado.

O ideal do cristão. Ele não peca enquanto permanecer em Cristo.

A vida do pecado e a vida de Deus excluem-se mutuamente, assim como a escuridão e a luz. Na verdade, os crentes podem pecar devido a sua natureza humana, mas todos esses pecados são alheios à vida em Deus, e precisam do sangue purificador de Cristo, sem aplicação para a qual a vida de Deus não poderia ser mantida. (1Jo 1:8-102:1-2).

5. Aquele que é justo...

“v.7. Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo”. 1 João 3:7

a) Quem pratica a justiça é justo – Não é o que faz dele justo, mas ele sendo justo faz com que ele faça justiça (justificado pela justiça de Deus em Cristo, Rm 10:3-10):

Portanto, é nascido de Deus (1Jo 3:9); assim como diríamos: A árvore que dá bom fruto é uma boa árvore e tem uma raiz viva; Não que a fruta faça a árvore e sua raiz serem boas, mas mostra que são assim.

6. Aquele que pratica o pecado...

“v.8. Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo”. 1 João 3:8

a) “Quem pratica o pecado é do diabo” – em contraste com “Aquele que pratica a justiça” 1Jo 3:7.

Ele é filho do diabo (1Jo 3:108:44).

João, no entanto, não diz “nascido do diabo”, como ele “nasceu de Deus”.

“O diabo não gera nada, nem cria nenhum; mas quem quer que imite o diabo se torna um filho do demônio imitando-o, não por nascimento próprio ” (Agostinho, Dez Homilias na Primeira Epístola de João, Homilia 4.10).

“Do diabo não há geração, mas corrupção” (Bengel).

b) “peca desde o princípio” – A partir do momento em que ele se tornou o que ele é, o diabo.

“Ele parece ter mantido sua primeira propriedade apenas um tempo muito curto após sua criação” (Bengel).

Desde a queda do homem [no começo de nosso mundo] o diabo está (sempre) pecando (esta é a força de “peca”; ele pecou desde o princípio, é a causa de todos os pecados, e ainda continua pecando; presente).

“Como o autor do pecado e príncipe deste mundo, ele nunca deixou de seduzir o homem ao pecado”. (Luecke).

c) “O Filho de Deus se manifestou para destruir...” – romper e acabar com; machucando e esmagando a cabeça da serpente.

d) “as obras do diabo” – pecado e todas as suas terríveis consequências.
John Stott argumenta que os cristãos não podem fazer o que Cristo veio fazer “para destruir as obras do diabo”.

7. Nascidos de Deus...

“v.9. Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus”. 1 João 3:9

a) “Todo aquele que é nascido de Deus – literalmente, “todo aquele que é gerado por Deus”.

b) “não pratica o pecado – Sua natureza superior, como nascida ou gerada por Deus, não peca.

Ser gerado de Deus e pecar são estados que se excluem mutuamente.

c) “sua semente” – a palavra viva de Deus, feita pelo Espírito Santo a semente em nós de uma nova vida e o contínuo meio de santificação.

d) “reside nele” – permanece nele.

Os regenerados mostram a total incompatibilidade do pecado com a regeneração, limpando todo pecado no qual possam ser traídos pela velha natureza, imediatamente no sangue de Cristo. 1Jo 1:8-9

e) não pode praticar o pecado, porque é nascido de Deus – “porque é de Deus que ele nasceu”.

A vida regenerada é incompatível com o pecado e dá ao crente um ódio pelo pecado em todas as formas e um desejo incessante de resistir a ele.

O pecado está sempre ativo, mas não reina mais. A direção normal das energias do crente é contra o pecado; a lei de Deus depois do homem interior é o princípio dominante de seu verdadeiro eu, embora a velha natureza, ainda não totalmente amortecida, os rebeldes e os pecados.

“O filho de Deus neste conflito recebe feridas de fato diariamente, mas nunca joga fora seus braços ou faz as pazes com seu inimigo mortal” (Lutero).

Contraste 1Jo 5:18 com Jo 8:34;
Compare o Sl 18:22-2332:2-3Sl 119:113,176.

8. Assim, somos Filhos de Deus.

“v.10. Desta forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus; e também quem não ama seu irmão”. 1 João 3:10

a) “Somos Filhos de Deus” – Como revelado por João nos evangelhos:

“Contudo, aos que o receberam aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus”. João 1:12

b) “filhos do diabo” – Não há classe média entre os filhos de Deus e os filhos do diabo.

(veja 1Jo 3:8At 13:10).

c) “não ama o seu irmão” – Um exemplo particular desse amor que é a soma e o cumprimento de toda justiça, e o sinal (não declarações barulhentas, ou mesmo aparentemente boas obras) que distingue os filhos de Deus dos do diabo. (1Jo 4:8)

O QUE APRENDEMOS?

Aprendemos as verdades praticas presentes nas atitudes dos Filhos de Deus: Purificados, amante da justiça, e obediente.

Aprendemos que os Filhos de Deus têm uma Viva Esperança, devido a Sua vida de pureza espiritual.

Aprendemos que os Filhos de Deus conhecem os mandamentos (leis), e esforça-se por não transgredi-la.

Aprendemos que Cristo manifestou-se para tirar os nossos pecados, e não há quem possa consumar esta obra de restauração, somente Jesus, porque “Nele não há pecado”.

Aprendemos quem o salvo é separado da vida de pecado porque está identificado com Cristo. Por isso: “Não pratica pecado”.

Aprendemos que em Cristo somos justificados para uma vida de justiça.

Aprendemos a Diferença entre os Filhos de Deus e os Filhos do diabo.

- Filhos de Deus: Salvos, e busca viver em retidão;
- Filhos do diabo – Vivem para o pecado.

Aprendemos que os Filhos de Deus têm a Semente de Deus na sua vida, que a Palavra Viva de Deus, e nela permanece.

Assim, os Filhos de Deus são aqueles que receberam e creram no Nome de Jesus Cristo “O Filho Amado de Deus” concedido para nossa salvação

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