PERFEITO AMOR, característica distintiva da vida espiritual

1ª João 3:11-15

O amor fraternal é a característica distintiva da vida espiritual.

Introdução a 1ª João 3

Marcas distintas dos filhos de Deus e dos filhos do diabo.

O Amor fraterno, a essência da verdadeira justiça.

Deus é perfeito amor

1. Seu amor manifesta-se na exaltação do crente à condição de filho, v. 1,2
2. A prova da filiação é o viver retamente, v. 3-10
3. O amor fraternal é a característica distintiva da vida espiritual, v. 11-15
4. O amor manifesta-se no sacrifício, não apenas por meio de palavras, v. 16-18
5. O resultado do amor é garantia de resposta às orações, v. 19-22
6. A fé e o amor fraternal são essenciais à comunhão com Deus, v. 23,24.

Nesses pontos importantes do texto vemos o Apóstolo João enfatizando O AMOR como base natural da vida cristã.

V. 11. Esta é a mensagem que vocês ouviram desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.

v.12. Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou seu irmão. E por que o matou? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas.

v.13. Meus irmãos, não se admirem se o mundo os odeia.

v.14. Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte.
v.15. Quem odeia seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem vida eterna em si mesmo. 1 João 3:11-15

Lições sobre “O amor” apresentado nos versos 11-15:

1. A mensagem do amor...

“V. 11. Esta é a mensagem que vocês ouviram desde o princípio: que nos amemos uns aos outros”.

a) “a mensagem” – “anúncio”, de algo bom; não um mero comando, como a lei.

A mensagem do Evangelho daquele que nos amou, anunciada por Seus servos, é que “amamos os irmãos”:

Com toda a humanidade, devemos amar aqueles que são nossos irmãos em Cristo, filhos da mesma família de Deus, dos quais nascemos de novo.

b) “a mensagem que vocês ouviram desde o princípio”: Mensagem que traduz o amor de Deus, que deve ser vivido entre os crentes,

2. A falta de amor entre irmãos:

v.12. Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou seu irmão. E por que o matou? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas.

a) “do maligno” – Traduza “maligno”, de acordo com “Porque suas próprias obras eram más”:

- Compare 1Jo 3:8, “do diabo”,

- Em contraste com “de Deus”, 1Jo 3:10. .

b) “matou o seu irmão”. E por que o matou? Porque as suas obras eram más, e as do seu irmão justam – através da inveja e do ódio da piedade do seu irmão, devido ao qual Deus aceitou o Abel, mas rejeitou a oferta de Caim.

A inimizade do primeiro existia entre a semente da mulher e a semente da serpente.

3. O contrario do amor...

v.13. Meus irmãos, não se admirem se o mundo os odeia.

a) “o mundo” – de quem Caim é o representante (1Jo 3:12).

b) “vos odeia” – como Cain odiava até mesmo seu próprio irmão, e isso ao ponto de assassiná-lo.

O mundo sente suas obras ruins duramente reprovadas, comparado à boas obras dos salvos.

(“Mundo” - o ímpio é confrontado com a Verdade)

4. O amor é vida...

v.14. Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte.

a) “Sabemos que” – enfático; odiado embora sejamos pelo mundo, sabemos o que o mundo não conhece “o perfeito amor”.

b) “passamos” – mudou o nosso estado, “do poder das trevas… traduzido para o reino de Seu amado Filho”. Cl 1:13

c) “da morte para a vida” – literalmente, “da morte (que cativa os não regenerados) para a vida (do regenerado).”

Uma coincidência palpável de linguagem e pensamento, o discípulo amado adotando as palavras de seu Senhor.

d) “pois amamos os irmãos” – o chão, não de nossa passagem da morte para a vida, mas do nosso conhecimento de que temos isso.

O amor, de nossa parte, é a evidência de nossa justificação e regeneração, não a causa deles.

“Cada um vá para o seu coração; se ele encontrar ali amor aos irmãos, que ele se sinta seguro de que passou da morte para a vida. Que ele não se importe com o fato de sua glória estar apenas escondida; quando o Senhor vier, então ele aparecerá em glória. Pois ele tem energia vital, mas ainda é inverno; a raiz tem vigor, mas os galhos estão secos; dentro há medula que é vigorosa, dentro de folhas, dentro de frutos, mas eles devem esperar pelo verão” (Agostinho).

e) “Quem não ama” – A maioria dos manuscritos mais antigos omite “seu irmão”, o que torna a afirmação mais geral.

f) “Permanece na morte” – “na morte (espiritual)”, que termina em morte eterna, que é o estado de todos por natureza.

Sua falta de amor evidencia que nenhuma mudança salvadora passou por ele.

5. O resultado da falta de amor...

v.15. Quem odeia seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem vida eterna em si mesmo.

a) “quem não ama” (1Jo 3:14); a causa de não haver acordo

“O amor e o ódio, como a luz e as trevas, a vida e a morte, necessariamente substituem, e necessariamente se excluem mutuamente” (Alford).

b) “É homicida” – porque se entrega a essa paixão, que, se for seguido de suas consequências naturais, o tornaria um.

“Visto que 1Jo 3:16 deseja que depositemos nossas vidas pelos irmãos; duelos exigem um (horrível dizer!) para arriscar sua própria vida, ao invés de não privar os outros da vida” (Bengel).

Deus considera a disposição interior como equivalente ao ato exterior que flui dela.

Equivale dizer: Quem quer que odeie, alguém deseja estar morto.

c) “permanece na morte”. Não é o seu estado futuro, mas o seu presente, que é referido (Espiritual).

Aquele que odeia (isto é, não ama) seu irmão (1Jo 3:14), não pode neste estado presente ter a vida eterna permanecendo nele.

O QUE APRENDEMOS?

Aprendemos que a mensagem do amor é anunciada desde o principio da criação, entendemos assim que “Deus é amor”.

Aprendemos que entre os irmãos o amor deve ser fortalecido, para que o Maligno seja derrotado.

Aprendemos que o ódio é próprio num mundo sem o conhecimento dos princípios do perfeito amor.

Prendemos que o Verdadeiro Amor vindo de Cristo e vivido entre os irmãos é prova da nossa justificação por Jesus Cristo, diante de Deus.

Aprendemos a falta de amor produz o ódio  “permanece na morte”.