O PERIGO DO RELAXAMENTO MORAL
1ª
Coríntios 5:1-13 (v.11)
“Mas agora estou lhes escrevendo que não devem associar-se com qualquer
que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra
ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer”. 1 Coríntios 5:11
A Igreja de Corinto era composta por pessoas, na sua maioria,
convertidas do paganismo grego, acostumadas a um comportamento de impureza
sexual, uma vez que a pratica sexual impura fazia parte de cultos idólatras.
Os crentes eram minoria na sociedade e se sentiam a vontade
para continuar com os costumes que tinham antes de conhecer o evangelho.
O apostolo mostrou-lhes que era impossível a igreja
compartilhar de comportamento pecaminoso do meio que vivia.
A igreja de Cristo tem que preservar a pureza moral, mesmo
quando a sociedade ao seu redor está envolvida nas maiores torpezas das perversões
sexuais.
Para que a igreja não relaxe na moralidade:
1.
Providencias para purificação da igreja
(5:1-8)
A igreja de Corinto era tão complacente com a impureza
sexual que estava tolerando como membro um homem que vivia numa união ilícita com
sua madastra que era um comportamento tão perverso que até os gentios idolatras
o rejeitavam (5:1).
Os crentes eram tão orgulhosos, julgavam-se sábios e
poderosos, mas não haviam se escandalizado com o pecado, nem tão pouco se entristecido
por haver na igreja alguém que cometesse tal pecado (5:2).
A culpa anotada na igreja era o fato de haver tolerado a
situação sem se considerar ferida, agredida, maculada pelo pecado.
-
Para purificação do pecado, a primeira atitude
é sentir tristeza pelo mau procedimento, é lamentar que tal atitude tenha
acontecido. Somente tendo consciência é que se age contra o pecado para
extirpa-lo da igreja.
-
Necessário disciplinar o ofensor (5:3-5).
Neste caso o membro da igreja ofensor, caído numa circunstancia de pecado, é
passivo de correção para permanecer na igreja (Gl. 6:1).
A disciplina deve ser praticada pela igreja e não apenas
por seus líderes. A base da disciplina não é o juízo do líder nem dos irmãos
que têm o conhecimento da falta do irmão da igreja, mas o nome de Jesus com sua
autoridade e poder. Em caso de escândalo a disciplina, muitas vezes chega às
vias da exclusão (5:13).
-
Livrar-se das más influências (5:6,7). O
fermento para os judeus era significado de corruptor, pois modificava a
natureza da massa.
Desta forma como um pouco de fermento modifica toda a
massa, a complacência com o pecado de um, leva à tolerância com todos os outros
pecados e gera contaminação de toda a igreja por aquilo que possa parecer
pequeno e insignificante.
A morte de Cristo aconteceu para libertar-nos de todos os
pecados, portanto, o crente e a igreja não podem compactuar com o pecado, e
permitir a má influência no seio da igreja, o pecado (fermento velho) no seu
caráter, que se revela na sua conduta.
-
Alegre-se na pureza (5:8). A vida cristã
precisa ser uma festa em que os crentes se alegram continuamente por terem
alcançado a salvação em Jesus, o Cordeiro de Deus. E por isso abandona a velha
vida de pecados.
O crente se alegra na vida cristã, mas é de verdade e
sinceridade, porque entende que seu coração está puro diante de Deus e com a
verdade do evangelho.
2. Com quem não se misturar (5:9-13)
Quem é membro da igreja de Jesus está comprometido com a promessa que fez de ser fiel a Cristo. Sua conduta precisa ser
à luz dos ensinos recebidos da Palavra.
O crente, portanto, não pode ter um comportamento igual aos
do mundo. Se alguém se diz crente e vive como o fosse, deve-se avaliar
criticamente para discernir o que está fazendo que contrarie seu compromisso
com Cristo e, consequentemente, com a igreja.
No texto o apostolo indica as características que indica
como quem o crente não deve se misturar:
-
O Devasso. Tem um comportamento sexual
pecaminoso, pois mesmo quando um determinado comportamento é aceito pela
sociedade, mas contraria os ensinamentos divinos, é pecado.
-
O Avarento. É cobiçoso, é avido por adquirir dinheiro
e bens, dominados pelo desejo de ter mais; buscando seus próprios interesses.
-
O Idolatra. Permite que ídolos, objetos, pessoas, bens,
tomem o lugar de Deus em suas vidas, tirando dEle o primeiro lugar e a adoração.
-
O Maldizente. Fala mal dos outros, injuria,
insulta, diz palavras indecorosas.
-
O Beberrão. É dada a bebida alcoólica.
-
O Roubador. É ladrão, é desonesto, ludibriando
a boa fé doa outros.
Os crentes devem ter comportamento que não comprometa o seu
testemunho de fé.
A igreja deve tratar o pecado com seriedade. Deve conduzir
os pecadores ao arrependimento, e caso, contrario, devem ser desligados da
comunhão para que não comprometa a santidade da igreja.
Aplicação:
“O mundo está no maligno” e rejeita os padrões de pureza
moral estabelecido por Deus na sua Palavra.
A indiferença à presença do pecado leva a igreja a baixar
os padrões de conduta que o crente deve ter, estimula a propagação de outros
pecados e torna a igreja culpada por não exercer disciplina sobre eles.
O evangelho é relevante quando lida eficazmente com a
questão do pecado porque Cristo morreu para libertar o pecador. Entende-se
assim que o crente não pode se acomodar ao pecado reinante na sociedade, não
pode permiti-lo em sua vida.
Mesmo difícil, mas se houver que separar-se daqueles que
vivem para pecado, assim deve acontecer. É recomendação bíblica para que o
crente mantenha-se isento do fermento velho (pecado).
Mas nunca se esquecer de orar pelas pessoas para que um dia
elas se convertam a Cristo.
Fonte: Revista Fidelidade – 1ª Coríntios
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