A SANTIFICAÇÃO DA IGREJA
1ª
Coríntios 1:1-31 (10)
A composição da igreja com pessoas regeneradas, a
santidade, e as características da igreja que vive a santidade, são temas
primordiais do primeiro capítulo.
“Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todosBT vocês que
concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre
vocês, e, sim, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer”. 1 Coríntios 1:10
1.
A Igreja é composta por pessoas que se converteram e foram regeneradas por
intermédio do favor de Deus (graça – 1:3-9).
A manifestação da graça divina é favor imerecido, faz parte
da sua boa vontade.
Quando o Apóstolo Paulo enfatiza o fato de que as pessoas
estavam na igreja por conta do favor divino, ele explica a sua declaração na
abertura da carta ao desejar que a igreja tivesse a graça da parte de Deus e de
Jesus Cristo. Nenhuma graça (Dom, dádiva), apesar de não merecidas não há
faltar ao crente.
Deus
concede a Igreja toda graça necessária: A
Palavra, o conhecimento, a confirmação do testemunho de Cristo (1:5,6)
O texto faz ver que nada do que a Igreja recebe é por
merecimento próprio, porque tudo é dado pela graça de Deus, manifestada em
Cristo Jesus.
2.
Deus é Santo, a sua igreja precisa ser santa (1:1,2)
Apesar de conhecer os problemas da Igreja de Corinto, Paulo
se dirigiu aos crentes “santificados em Cristo, chamados santos”.
Santificados e santos são tradução da palavra grega que
significam “Separados das coisas profanas e dedicados a Deus; purificados internamente
pela renovação da alma” (James Strong).
Na carta, Paulo se dirigiu a uma congregação que pertencia a
Deus – “igreja de Deus”. A Igreja que pertence ao Senhor é composta por pessoas
purificadas por Cristo, que tem suas vidas renovadas, separadas das coisas
profanas, e dedicadas a Deus por Jesus Cristo.
A Igreja é de Deus, do “Deus Santo” (1Pd. 1:15) e isto quer
significar que a igreja é santificada, não por si própria, mas através da ação
da graça de Cristo na igreja.
3.
Características da Igreja Santificada (1:10-31).
Entende-se que a referencia de Paulo “Aos Santos da Igreja”,
mesmo identificado na igreja problemas que o apostolo vai tratar na carta, ele
não deixou de reconhecer a condição de ser composta de crentes salvos por
Jesus.
A partir deste ponto o apostolo passa a advertências necessárias
à santidade da igreja, e revela quais as características indispensáveis para
santidade da igreja:
a)
A unidade no entendimento e no parecer (1:10-15).
Isto quer dizer que os crentes deviam ter a mesma disposição mental, o mesmo
sentir, a mesma maneira de avaliar, o mesmo discernimento em relação ao modo
como deviam viver.
A Igreja estava dividida e torno de líderes, mas isso não
podia ser assim, uma vez que Cristo não está dividido.
Sendo a Igreja o corpo de Cristo, então não pode estar
dividida, precisa ser unida e precisa estar centralizada no Cristo crucificado.
Todos os crentes têm a mente de Cristo (1ªCor. 2:16), pois
o Espírito Santo é quem guia e ensina como a igreja precisa viver na
perspectiva de Jesus Cristo como ensina as Escrituras.
b)
O apego à salvação pela loucura da pregação (1:17-25). A palavra da cruz é loucura para os que perecem (1:18), mas é a
manifestação real, palpável, do poder de Deus para salvação de todo o que crê. É
a manifestação da sabedoria de Deus ao qual operou a salvação dos crentes pela
cruz.
Os que são crentes, não devem julgar-se sábios a seus
próprios olhos, porque pode ser que sejam apanhados na incredulidade.
O ser humano não pode, pela sua pretensa sabedoria,
encontrar salvação. Só a encontra aquele que reconhece na cruz a manifestação
da sabedoria de Deus e crê.
c)
Reconhecimento do valor do que é considerado fraco por este mundo (1:26-31). Os valores do mundo são invertidos diante da
verdade divina. Com a pregação da cruz, que é loucura para o mundo, mas
sabedoria de Deus. Ele manifestou a salvação aqueles que o mundo considera desprezível,
fez isso para confundir, e envergonhar os que se julgam sábios.
O salvo, então passa a pertencer a Deus, em Cristo Jesus e,
diante da grandeza do Salvador. A glória do crente está exclusivamente baseada
em Cristo, naquilo que Ele é e fez, e não nas coisas que o homem pode realizar
e ter.
Aplicação:
Sabemos de que o mundo está mudando, mas isto não significa que a igreja
precisa mudar, caminhar no chamado “politicamente correto”, não tem respaldo na
Palavra de Deus. Lutar por isso é demonstrar que não há busca pela
santificação.
Deus quer salvar o ser humano através da pregação do
evangelho. Evangelizar é reconhecer e obedecer a sabedoria de Deus.
Não há porque se impressionar com igrejas que têm multidão,
mas na sua membresia pessoas que toam a forma do mundo e deixam de pregar a
mensagem da cruz de Cristo.
Que a Igreja do Senhor dedique-se, com amor, a falar aos
outros de Cristo, que é a manifestação da sabedoria e do amor de Deus.
Fonte: Revista Fidelidade -1 Coríntios
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