O PORQUÊ DAS INTRIGAS


O motivo das “guerras”
Tiago 4.1 – 3

v.1. De onde vêm às guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
v.2. Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.
v.3. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.


Tiago 4:1-3

Esboço de Tiago 4:

4.1 – 3: O motivo das “guerras”
4.4 – 6: Amizade com o mundo é inimizade contra Deus
4.7 – 10: Como chegar perto de Deus
4.11 – 17: Julgar o próximo e o dia de amanhã

Em Tiago 4, aprendemos qual é a raiz das guerras (brigas), discussões, desentendimentos e intrigas que há entre as pessoas, são os desejos malignos do coração.

Tiago adverte que se formos dominados por eles viveremos em guerra. Só não temos o que desejamos por dois motivos:

1. Não pedimos a Deus,
2. São pedidos que Deus não pode atender.

Tiago aprofunda a ideia de relacionamento, compromisso e intimidade com Deus.

Ele nos mostra o que é necessário para se achegar a Deus de forma real e sincera.

Não devemos julgar o próximo. Não somos juízes da Palavra de Deus, apenas observadores. Por isso, nosso comportamento deve ser de união e respeito mesmo quando discordamos em alguns pontos.

Por fim, Tiago fala sobre a expectativa do dia de amanhã. Não podemos nos gloriar nele, pois ele não existe ainda. Devemos nos gloriar no Senhor e na esperança de que o “amanhã” virá por causa da sua graça.

Versos 1 a 3 – O Senhor nos confronta com a realidade das desavenças que podem existir no seio da Igreja.

1. De onde vêm às guerras e pelejas entre vós?

“De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” Tiago 4:1

- De onde vêm as guerras e pelejas entre vós?.. – Uma pergunta de retórica, a fim de estimular o raciocínio.
- Porventura... – Indica possibilidades. A saber...
- Dos vossos deleites... – excesso de prazer no caso aqui “carnal”
- Que nos vossos membros guerreiam... – Não se trata de guerras entre as nações, mas as discussões e divisões entre os cristãos.

Guerras e contendas aparecem citadas aqui em contraste com a paz do versículo que precede este texto (Cap 3:18).

Portanto, a fonte destas guerras encontra-se nos deleites, e prazeres carnais que podem circular entre os membros da comunidade cristã.

2. A causa do “nada tendes...”

“Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis”. Tiago 4:2

- Cobiçais...
- Matais... – Escolha dos prazeres carnais, “matam” o lugar de Deus na vida.
- Sois invejosos...
- E nada podeis alcançar... – Não podem receber de Deus, por causa da inveja... (pecado).
- Combateis e guerreais...
- E nada tendes, porque não pedis...

Tiago revela o porquê dos desejos não serem atendidos.

Quando há inveja, cobiças, e o lugar de Deus sendo ocupado pela vontade da carne, não há como o receber do Senhor respostas aos pedidos; e mais, assim nem mesmo ocorre a lembrança de consultar ao Senhor pela oração.

“Mas nada tendes, porque não pedis” – Deus promete àqueles que oram não àqueles que lutam.

A petição do lascivo, assassino e contencioso não é reconhecida por Deus como oração.

Se orássemos, não haveria “guerras e brigas”. Assim, esta última oração é uma resposta à pergunta: 

“De onde vêm as guerras e brigas entre vós?” Tiago 4:1.

Portanto, se desejamos a atenção do Senhor em nosso favor, se faz necessário viver com integridade. 

3. Pedis, e não recebeis...

“Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”. Tiago 4:3

- Pedis, e não recebeis... – Pedidos expressam desejos, se não é recebido, vem a frustração.
- porque pedis mal... – Pedir em vão.
- Para o gastardes em vossos deleites... – Proveito próprio (prazeres).

O autor chama a atenção dos irmãos para o fato de não terem suas orações respondidas, estava baseada no egoísmo do intercessor.

Portanto, Se orardes corretamente, todas as vossas necessidades serão supridas; os desejos impróprios que produzem “guerras e brigas” então cessariam.

Mesmo as orações dos crentes geralmente são melhores respondidas quando seus desejos são mais opostos aos anseios impróprios.

O que aprendemos?

Aprendemos que a fonte de toda intriga no seio da igreja se baseiam nos deleites próprios.

Aprendemos que as respostas aos anseios da Igreja dependem da integridade dos seus membros (respostas às orações).

Aprendemos que toda intriga, e brigas no seio da Igreja serão cessadas à medida que cada crente se fortaleça espiritualmente.

Concluímos que guerras, brigas, e intrigas não devem existir entre os crentes nas igrejas de Jesus, para não correr o risco de faltar as respostas às orações.

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