PROMESSAS PARA SUA VIDA MADURA
A promessa de uma velhice feliz e frutífera
Salmos 92.14
“Na velhice ainda darão
frutos; serão viçosos e florescentes”
(Salmos 92.14).
VERDADE PRÁTICA
A terceira idade é um
tempo especial da parte de Deus para que os idosos colham com alegria os frutos
das sementes plantadas na juventude.
Textos em Foco
Gênesis 21.1-7 - O fruto da velhice de Sara e Abraão.
1º Crônicas
29.27,28 - O fruto da velhice do rei
Davi.
Salmos 92.12-15 - O fruto da velhice dos justos.
Isaías 46.4 - A velhice abençoada por Deus.
Lucas 2.25-30 - Na velhice, Simeão vê o cumprimento da promessa.
Lucas 2.36-38 - Na velhice, Ana adora a Deus pela promessa. (A
Profetisa, Filha da Fanuel, da Tribo de Aser).
Textos Aplicativos:
Salmos 92.12-15;
Isaías 40.28-31.
Salmos 92
12 - O justo florescerá como a palmeira;
crescerá como o cedro no Líbano.
13 - Os que estão plantados na Casa do SENHOR
florescerão nos átrios do nosso Deus.
14 - Na velhice ainda darão frutos; serão
viçosos e florescentes,
15 - para anunciarem que o SENHOR é reto; ele é a
minha rocha, e nele não há injustiça.
Isaías 40
28 - Não sabes, não ouvistes que o eterno Deus, o
SENHOR, o Criador dos confins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não há
esquadrinhação do seu entendimento.
29 - Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.
30 - Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os
jovens certamente cairão.
31 - Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se
cansarão; caminharão e não se fatigarão.
Nota
-
O significado bíblico do vocábulo “velhice”.
-
Na cultura hebraica, o termo “velhice” é “zāqān” , cujo sentido literal é
“barba”.
-
O texto grego do Antigo Testamento traduziu “zāqān” por “presbyteros”, como
aparece no Novo Testamento.
-
Em função de os idosos usarem suas barbas crescidas é que a palavra passou a designar
“velhice” ou “ancião”.
OBJETIVOS
Entender e Descrever as
características da terceira idade.
Viver no presente os
ensinos da Palavra para obter um futuro feliz.
INTRODUÇÃO
Velhice: Fase de maturidade e transformações
psicológicas e físicas que acompanham o processo da vida humana.
A velhice, também chamada
terceira idade, ainda é vista com bastante preconceito pela sociedade, como se
fosse uma época somente de desalento, inatividade e frustração.
Infelizmente, muitas
pessoas nessa faixa etária sofrem abusos e desrespeito, enquanto outras de
maneira equivocada assumem que já nada podem oferecer.
Em razão disso sentem-se
inadequadas e inferiorizadas socialmente. Mas a Bíblia, ao contrário do mundo,
ensina que os justos na “velhice ainda darão frutos; serão viçosos e
florescentes” (Sl 92.14).
I. A TERCEIRA IDADE - TEMPO DE FRUTIFICAÇÃO
-1. Tempo da
maturidade. A primeira grande
bênção do período da velhice é a maturidade, sobretudo quando se floresce
plantado na Casa do Senhor (Sl 92.13,14).
Duas figuras de linguagem
dão a dimensão exata do que isso representa:
A palmeira e o cedro.
Em ambas vemos a lição de
utilidade, perenidade, firmeza e robustez.
São assim os que
envelhecem seguindo os princípios ditados por Deus:
Têm raízes profundas, que
suportam os ventos da tempestade. (Palmeira)
São longevos, robustos e
de presença acolhedora (Cedro – Madeira Nobre e de Grande Valor)
É verdade que, como
exceção à regra, alguns idosos não amadurecem, por não saberem aplicar os
princípios de vida tão claros nas Escrituras.
Os princípios de vida
ensinados na Bíblia levam à maturidade, à prudência, à sabedoria para o ser
humano viver acertando e errar o mínimo.
Como diz a Bíblia, a
maturidade com o seu modo de ser e de agir não cabe na infância, mas na vida
daqueles que já são experimentados nos embates da vida material e espiritual (1
Co 13.11; Hb 5.13,14).
2. Tempo da
colheita. A terceira idade é,
também, um tempo de colheita.
Esse fato, decorrente de
semeadura no passado, implica que a semente plantada cumpra, pelo menos, três
fases distintas: brotar, crescer e
frutificar.
Esta última só ocorre
quando a planta chega à fase adulta.
A terceira idade é a época
em que os frutos são colhidos como resultado daquilo que se plantou na
infância, na juventude e nos primeiros ciclos da vida adulta (Ec. 12.1).
Temos, aqui, duas importantes lições:
-a) saber plantar, isto é, fazer boas escolhas sob a direção de
Deus nos verdes anos da juventude é condição essencial para que se faça uma boa
colheita no período da terceira idade; e
b) aquilo que colhemos na terceira idade, inclusive certas
doenças, é o resultado direto das escolhas que fizemos no tempo da semeadura
(Gl 6.7-9).
A Bíblia é o livro de Deus
que nos ensina como andar diante de Deus em santidade, e diante dos homens em
justiça e retidão.
3. Tempo de
compartilhar. Mas não fica só por
aí a frutificação na terceira idade. Esta é também uma época de
compartilhamento.
Não é bom reter somente
para nós, em nossos celeiros, aquilo que Deus amorosamente nos concedeu durante
toda a nossa vida.
A menção aos frutos, no
Pentateuco, sempre traz implícita essa ideia de compartilhamento – Pais que
passam para os seus filhos a sua história, assim de geração a geração, se
conhecia os feitos do Senhor. (Dt
26.1-11 cf. 16.11).
O que Deus pôs em nossas
mãos, como fruto da nossa colheita, é para também abençoar àqueles que nos
cercam e, sobretudo, contribuir com a expansão do seu Reino na Terra.
Alguém que chegou à
terceira idade após uma boa semeadura ainda tem muito a contribuir nos átrios
da casa de Deus e a compartilhar com os que o cercam.
A terceira idade é um período
de maturidade, colheita e compartilhamento da graça e bondade de Deus.
II. A TERCEIRA IDADE - TEMPO DE RENOVAÇÃO
ESPIRITUAL
-1. Renovação pela
comunhão com Deus. Mas a terceira idade
é, ainda, um tempo de renovação espiritual pela comunhão íntima com Deus.
O texto de Isaías 40, fala
que até os jovens se cansam (v.30). Isso acontece por ser a juventude uma época
de bastante ativismo, nem sempre com bons resultados.
No entanto, aos que
esperam firmemente no Senhor há uma promessa de renovação espiritual e de alçar
voos como os da águia, mesmo na terceira idade, sem cansaço, nem fadiga (v.31).
Conquanto nossa comunhão
com Deus seja algo para ser buscado e mantido em toda a dimensão do nosso tempo
e circunstâncias, a Bíblia deixa claro que devemos em todos os momentos
aprofundar esse relacionamento, com a provisão do Espírito Santo, fundamentados
na fé em Cristo e na Palavra de Deus.
A velhice enseja essa
oportunidade, pois nessa faixa da idade as pessoas geralmente dispõem de mais
tempo diário para a oração e à leitura da Bíblia.
Vale lembrar, inclusive,
que a nossa boa saúde espiritual contribui diretamente para a saúde física.
2. Renovação pelo
senso do serviço cristão. Outra
área que traz renovação espiritual no tempo da velhice é a do serviço cristão.
Existem muitas áreas de
trabalho nas igrejas apropriadas para as pessoas da terceira idade.
É óbvio que elas não
correrão como as pessoas mais jovens, não terão o mesmo vigor da juventude, mas
poderão ter o conhecimento e experiências necessárias para realizarem certas
atividades que requerem a maturidade que só os idosos possuem.
A IGREJA DO SENHOR necessita da energia dos
crentes mais jovens, mas não pode jamais abrir mão da experiência dos santos
mais idosos.
Lembremo-nos de que
devemos cumprir todo o propósito dado por Deus à nossa existência até que ele
nos chame ao lar celestial (Ec 9.10; Is 46.4; At 20.24).
A comunhão com Deus e o
senso do serviço cristão possibilitam a renovação espiritual na terceira idade.
III. A TERCEIRA IDADE - TEMPO DE CUIDAR DA
HERANÇA
-1. A herança do
exemplo. A terceira idade,
queiramos ou não, traz também a perspectiva sobre que tipo de herança
espiritual e ética será deixado para as próximas gerações.
Acima de qualquer bem
material, uma de nossas grandes heranças será o exemplo de fé, serviço e
testemunho legados aos que nos sucederem (Sl 71.5-9; Pv 13.22).
Ainda hoje muitos
personagens da história cristã são referenciais como modelo de vida temente a
Deus, honesta, altruísta, patriótica, por serem compromissados com Deus e sua
Palavra.
2. A herança da fé. Cuidar da herança da fé é também outra grande
responsabilidade da terceira idade.
Que contribuições estaremos deixando nessa área vital
de nossas relações com Deus?
Que perspectivas nossos filhos e netos terão da fé ao
olharem a nossa história?
Eles nos verão como pessoas que sempre souberam
confiar em Deus e viverem inteiramente para Ele, ou como incrédulos, sem nenhum
legado espiritual, cristão e humano?
A fé é o maior patrimônio
que podemos passar às gerações seguintes.
Veja que o apóstolo Paulo,
ao final da carreira, fez menção dela como algo zelosamente guardado no
coração. Era a sua preciosa herança para os que viriam depois (2 Tm 4.7).
A terceira idade é um
tempo de cuidar da herança da fé e do exemplo.
COMPREENDENDO - “Um Ancião”
Entre os israelitas havia
dois tipos de anciãos: os ‘anciãos de Israel’ que eram os chefes de famílias ou
clãs nas várias tribos, e os ‘anciãos’ das cidades construídas e habitadas
depois da Conquista.
O termo hebraico zāqem,
não significa necessariamente um homem velho, mas implica alguma pessoa com
maturidade e experiência que tenha assumido a liderança entre seus compatriotas
e na sua cidade ou tribo (Nm 11.16).
Embora os anciãos não
fossem eleitos, durante a maior parte dos períodos de Moisés até Esdras, e
também na era intertestamentária, eles eram reconhecidos como o grupo de mais
elevada autoridade sobre o povo.
Eles agiam como
representantes das nações (Jr 19.1; Jl 1.14; 2.16) e também administravam
muitos assuntos políticos e resolviam disputas entre as tribos (por exemplo,
Finéias e os dez chefes tribais ou anciãos, Js 22.13-33).
Os anciãos da cidade
formavam uma espécie de conselho municipal cujos deveres incluíam a função de
juízes com a finalidade de mandar prender assassinos (Dt 19.12), conduzir as
investigações e inquéritos (Dt 21.2) e resolver conflitos matrimoniais (Dt
22.15; 25.7).
Os ‘anciãos de Israel’,
conhecidos primeiramente em Êxodo 3.16-18, foram reunidos por Moisés para
receber o anúncio de Deus sobre a libertação do Egito.
O pacto foi ratificado no
Monte Sinai na presença de 70 dos anciãos de Israel (Êx 24.1,9,14; cf.19.7)”.
CONCLUSÃO
Para concluir, Abraão e
Sara cumpriram o propósito de Deus na sua velhice (Gn 22.1,2).
Moisés começou a liderar o
povo de Israel com a idade de 80 anos (Dt 29.5; At 7.23,30,36).
Davi, o grande rei de
Israel, morreu em boa velhice, “tendo desfrutado vida longa, riqueza e glória”
(1 Cr 29.27,28 - NVI).
De igual modo, você e eu,
se nos submetermos e permanecermos nos princípios da Palavra de Deus; desfrutaremos
de uma velhice feliz e igualmente viveremos em segurança em mundo inseguro.
APLICAÇÃO PESSOAL
“Então, morreu Jó,
velho e farto de dias” (Jó 42.1).
Muitos
desejam esta longevidade, mas poucos a obtém. O patriarca Jó experimentou
muitas agruras.
Por
diversas vezes questionou a dádiva da vida. Aquilo que muitos temem em
pesadelos, Jó enfrentou em sua frágil vida.
Terribilíssimos
tormentos atordoaram a vida do insigne líder.
Contudo,
nada abalava a fé impoluta do patriarca. Ele permaneceu fiel.
A
Bíblia sintetiza a vida do patriarca com as memoráveis palavras: “morreu velho
e farto de dias”.
O
sentido não se limita apenas à longevidade, mas também descreve a qualidade da
vida que se viveu (ver Gn 25.8; Sl 92.14; 103.5).
Se
você almeja uma vida longa e feliz você deve amar a Deus acima de todas as
coisas.
Sejamos
fiéis ao Senhor Jesus Cristo e o Eterno abençoará nossas vidas com longevidade
e felicidade.
Comentários
Postar um comentário