A VERACIDADE DA RESSURREIÇÃO
1ª Corintios 15:12-14
¹² Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os
mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
¹³ E, se não há
ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.
¹⁴ E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. 1ª Coríntios 15:12-14
O Significado maior da nossa vida de fé está alicerçado no fato de Jesus ter ressuscitado.
Na Carta aos Corintios - O Apóstolo Paulo ao concluir a carta à Igreja aos Corinto, ele passa a revelar uma série de recomendações e oração em favor dos irmãos da cidade de Corinto (16:1-24).
O foco do texto, no capítulo 15, é para atenção exclusiva ao tema ressurreição e sua relevância na vida da igreja e dos crentes.
1. A Veracidade da Ressurreição (15:1-11).
Os gregos negavam totalmente a possibilidade da ressurreição do corpo, embora aceitassem a imortalidade da alma.
Os crentes de Corinto, influenciados por essa crença, passaram a duvidar da veracidade do ensino cristão sobre a ressurreição (15:12).
O Apostolo Paulo usa este texto para chamar os crentes de Corinto de volta à doutrina fundamental do cristianismo, a ressurreição, e passa a lembra-los que quando lhes anunciou o evangelho, também havia ensinado sobre a ressurreição e que eles haviam crido para a salvação; e organizou o seu ensino assim:
- Cristo morreu pelos
nossos pecados;
- Cristo foi
sepultado;
- Cristo ressuscitou.
- Desse fato havia testemunhas: Cefas (Pedro), os doze discípulos, e cerca de 500 irmãos, dos quais muitos ainda viviam, e já havia passado mais de 30 anos da ressurreição de Jesus; além do testemunho de ter crido o próprio Tiago, irmão de Jesus, e Ele mesmo, Paulo, a quem Jesus apareceu na estrada de Damasco.
Atos capítulo 1 revela que Jesus após a sua ressurreição, apareceu a diversas pessoas por espaço de 40 Dias.
Afirmar que a ressurreição era algo que não podia acontecer trazia sérias consequências, pois:
- Ao negar a
ressurreição do próprio Cristo (15:13)
- Era anular a
pregação, que se centralizava na cruz e na ressurreição.
- Crer em Cristo
seria algo sem razão de ser, sem qualquer valor (15:14).
- Os apóstolos seriam
entendidos como falsos pregadores, porque afirmavam que Deus havia ressuscitado
a Cristo (15:16).
- Todos os que criam
em Cristo ainda estariam nos seus pecados, isto é, sem salvação (15:16,17)
- E tragicamente
todos os crentes que morreram (dormiram) crendo na ressurreição, na verdade
estariam perdidos (15:18).
- Se o crente colocar sua esperança em Cristo apenas para as coisas desta vida terrena, todo sacrifício de Cristo, sua morte e ressurreição seriam considerados vãos! (15:19).
2. A ressurreição de Cristo é a garantia da ressurreição do crente (15:20-34)
A ressurreição de Cristo é uma realidade.
Ele é as primícias
dos crentes que morreram.
(Primícias – primeiros frutos entregues como oferta – Lv. 23:10-14).
A ressurreição de Cristo, então, é a garantia de que os crentes também ressuscitados (Rom. 8:23).
“²³ E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. Romanos 8:23
Cristo foi o primeiro a ressuscitar e permanecer vivo.
Com Ele Deus inaugurou uma nova realidade da qual os crentes participarão.
Entre as forças hostis que Cristo destruirá na sua segunda vinda está a morte (15:24-28) – Com a ressurreição de Cristo e com a ressurreição dos crentes o seu poder será destruído.
4. O corpo da ressurreição (15:35-50).
Paulo mostra a insensatez daqueles que rejeitam o ensino bíblico sobre a ressurreição
Há evidencia bíblica da ressurreição de Jesus Cristo, que revelam a sabedoria e a manifestação do poder de Deus (15:35, 36).
- Comparações para entender a ressurreição (15:36-38): Comparado a ressurreição com a semeadura e a germinação.
- Paulo afirmou que na ressurreição haverá um corpo apropriado à vida com Deus, nas mansões celestiais (15:39-42)
- Contrastes para entender o corpo ressuscitado (15:42-44): Para esclarecer a diferença entre o corpo sujeito à morte que é semeado, que é colocado na terra ao ser sepultado, e o corpo ressuscitado.
a) Corrupção –
O corpo humano sujeito à decomposição.
Incorrupção – O corpo ressuscitado não estará sujeito a deterioração.
b) Ignomínia
(desonra) – o corpo humano é caracterizado pela miserabilidade,
pela desonra que acompanha a destruição.
Glória – o corpo ressuscitado será glorioso, à semelhança do corpo ressuscitado de Cristo (Fl. 3:20, 21).
c) Fraqueza –
O corpo humano é fraco, débil, sujeito a enfermidades.
Poder – o corpo ressuscitado terão poder que lhe será concedido por Deus que ressuscita os mortos.
d) Animal
(natural) – O corpo humano é físico, terreno, adequado
exclusivamente para esta vida.
Espiritual – O corpo ressuscitado será apropriado para a vida na eternidade, à semelhança do corpo ressuscitado de Cristo.
Outro grande contraste apresentado por Paulo foi entre ADÃO E CRISTO (15:45-50):
Adão – O primeiro homem, tornou-se uma pessoa (alma vivente), isto é, foi criado pelo poder de Deus e era físico, terreno e dele todos receberam a natureza terrena (física), e também a morte, e o pecado. (Rom. 5:12-14
Cristo – O segundo homem, no entanto, é espirito vivificante, pois sua obra salvadora é que dá vida aos que creem nele; Ele é espiritual e é quem nos dá essa natureza; a sua origem é celestial.
Assim como herdamos de Adão a natureza
terrena.
- de Cristo, na ressurreição, os crentes herdarão a sua imagem celestial, receberão, portanto, um corpo semelhante ao que Ele recebeu na ressurreição.
5. A grande vitória está na ressurreição (15:50-58).
O corpo físico (carne e sangue) serve exclusivamente para a vida terrena.
Portanto, na ressurreição haverá uma transformação dos corpos dos crentes para que possam viver na eternidade.
Mesmo aqueles que estiverem vivos na ocasião da volta de Jesus Cristo serão transformados para terem o corpo apropriado para eternidade (15:50-54).
Quando os crentes receberem o corpo espiritual, semelhante ao de Jesus Cristo então será desfeito o poder da morte e do pecado.
Graças a Deus, Cristo venceu o pecado, a morte, e os crentes também vencerão (15:57).
Portanto, diante da ressurreição o apóstolo conclamou os crentes a ficarem firmes na fé. A certeza da ressurreição deve impulsionar o crente a viver vida cristã e a testemunhar do Senhor Jesus com a convicção de que seu trabalho não é inútil (15:58).
Aplicação
Há quem despreze a fé, despreze a Bíblia, também se oponha à ressurreição.
O crente em Jesus não pode abrir mão da crença na ressurreição do corpo, pois ela é essencial para entender a verdade do evangelho anunciado por Cristo e depois pelos apóstolos.
Aquele que em algum
tempo entregou sua vida a Jesus e passou a crer no evangelho anunciado por Ele
e pelos apóstolos tem a seguinte trajetória:
- Nasce (físico), cresce (recebe a Jesus), morre (físico), passa a estar com Cristo, aguardando a ressurreição (Eternidade).
Bom destacar que no
texto o apóstolo trata apenas da ressurreição dos crentes.
- mas haverá também uma ressurreição dos não
crentes para a condenação.
(João 5:29; Mateus 25:31, 32, 34, 41).
Fonte: Revista
Fidelidade – 1ª Coríntios
Adaptado: Pr. Ozéas Dias
Gomes – Março 2024.
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