A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO NO MINISTÉRIO CRISTÃO


Ministérios Motivados
1ª PEDRO 5.1-14

Pastores e Igrejas buscam a Verdadeira Motivação para servir no ministério.
1 Pedro 5:1-14

Cenário do Texto:

As Cartas de Pedro estão entre as cartas chamadas gerais, tendo como destinatário os crentes dispersos...

Ao escrever, o apostolo Pedro parece pensar nos líderes, mas propriamente os pastores das igrejas dos crentes dispersos do primeiro século.

No texto bíblico temos Pedro exortando aos nossos irmãos da igreja primitiva para que eles façam tudo com a motivação verdadeira, motivação sem dolo e que seja coerente com a condição de servos do Senhor Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO.

A nossa motivação é uma soma de motivos ou razões aliadas à vontade e energia que empenhamos para realizar aquilo que queremos.

A nossa motivação pode ser boa ou má, tudo depende dos nossos valores, princípios e crenças.

Somos movidos por impulsos instintivos ou por sentimentos mais pensados; na maioria das vezes, agimos por força de emoções ou de razões que pensamos explicar ou justificar.

Diariamente sabemos de pessoas que matam ou morrem por motivos fúteis ou por motivos pelos quais valem a pena viver ou morrer.

No texto base para nossa reflexão hoje: A verdadeira motivação tem como propósito o cuidado do rebanho de Deus.

Pedro escreve para alertar aos líderes da igreja e demais membros, principalmente aos mais jovens, no sentido de que vivam alertas tendo a graça de Deus como verdadeira motivação para viver e superar dificuldades.

Constatamos no texto:

Os filhos de Deus recebem a Palavra do Evangelho da Graça, e experimentam a verdadeira motivação de SERVIR, no Reino de Deus, na Igreja (Corpo de Cristo), e aos irmãos (Salvos em Cristo).

Uma Pergunta:

Como Igreja e pastores devem agir diante da verdadeira motivação nos cuidados uns com outros?

Falar em “Motivação” em pleno Século XXI, leva-nos a refletir nos grandes desafios neste tempo, também chamados de “Dias Difíceis”.

Pastores e Igrejas...

1 – Motivados Agem Prontamente. Vs. 1, e 2(a)   

“1 Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;”.

A motivação no ministério que tem como base a graça de Cristo não age por força e é segundo Deus.

A força resulta em medo e humilhação; a força é inibidora da espontaneidade segundo Deus.
Deus quer que os Seus filhos sirvam a Ele e uns aos outros espontânea e voluntariamente.

APLICAÇÃO. O nosso estado natural de pecado é de humilhação; é na graça de Cristo que nos liberta que encontramos liberdade para servir a Deus com honra, voluntariamente e com alegria, porque o viver para Cristo é o que nos exalta com a glória do nosso Senhor.

Em 2 Coríntios 9.7 lemos: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”

Este texto se aplica a tudo que fazemos para Deus e para as pessoas, traduz a marca do crente em fazer as coisas de maneira espontânea e com um coração alegre.

2 – Motivados agem de Boa Vontade. V.2b

“2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;”.

A motivação verdaeira que vem da graça de Cristo não age por torpe ganância.

A torpe ganância é todo e qualquer sentimento de conseguir lucro ou vantagem naquilo que se faz.

A torpe ganância tem como objetivo o interesse próprio e usa a necessidade do outro para alcançar os seus fins.

A torpe ganância usurpa a bênção da glória de Deus e impede que a boa vontade de Deus seja manifesta por meio das nossas obras de obediência a Deus e de amor uns pelos outros.

APLICAÇÃO. Deus quer que cumpramos o ministério com “Boa Vontade”
Quando seguimos a nossa própria vontade deixamos de ter a boa vontade de Deus como parâmetro, passamos a criar critérios particulares e a torpe ganância substitui a boa vontade, assim a má vontade prevalece e Cristo não é glorificado.

Deus quer que nos guiemos pela boa vontade dEle.

3 – Motivados agem como exemplo. V.3

“3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho.”

Agir por dominação é um péssimo exemplo e contraria a postura de servo de Cristo.

A dominação reflete o estado de insubmissão e de desobediência do ser humano.

A dominação usa a necessidade e ignorância do outro para fazê-lo refém; infelizmente muitos acabam ficando presos aos favores recebidos.

A dominação não é exemplo a ser seguido pelos que servem a Cristo, pois ser discípulo de Cristo é ser servo de Cristo e uns dos outros.

Querer a dominação sempre foi a postura de Satanás e do mundo; as brigas, lutas e guerras que resultam em violência e morte têm como causa a sede por dominar e subjugar.

APLICAÇÃO. No cristianismo quem deve dominar a nossa vida é o Espírito de Deus que glorifica a Cristo.

1ª Pedro 5:11 “A ele seja o domínio para todo o sempre. Amém.”

O melhor testemunho para sermos exemplo é o da nossa submissão servindo a Deus e ao próximo.

4 – Motivados agem pelo inalterável. V.5

“4 E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória.”

A motivação verdadeira não age por futilidade.

Futilidade é algo efêmero, perecível e que murcha, é a expressão de toda a vaidade.

E todo agir fútil é semelhante a erva daninha que aparece e serve apenas como atrapalho para o crescimento e visão do fruto da boa semente.

Contrapondo-se ao que é fútil, a imarcescível coroa de glória é imperecível, tem valor eterno e não murcha, é indestrutível como indestrutível e eterno é o próprio Deus.

APLICAÇÃO. Ao longo da nossa vida encontramos pessoas que agem de modo fútil, pessoas com as quais não é possível estabelecer uma convivência saudável.

O comportamento do filho de Deus deve ser conforme o valor da coroa que Cristo preparou para ele, incorruptível.

Viver na graça de Deus é viver se preparando para receber a coroa de glória.

Uma coroa de glória não combina com o pecado, assim como o volar de pérola não combina com a lama da iniquidade.

Deus quer que o nosso viver seja tão digno quanto a inalterável coroa de glória que dEle receberemos.

5 – Motivados Agem por Humildade. Vs. 5-7

“5 Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 6 Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; 7 lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. ”.

A motivação verdadeira que vem da graça de Deus não age por soberba, porque a soberba é irmã da vontade de humilhar ao próximo e desafiar a Deus.

A soberba é o sentimento de arrogância e altivez que induz o ser humano a se achar superior ao outro e impede a humildade que agrada a Deus e que favorece servir ao próximo com alegria e singeleza de coração.

O soberbo é ansioso pela vanglória e quer sempre ter motivo para ostentação e glória própria.

Pela graça vivemos a humildade, pois somente na humildade é que experimentamos o cuidado e a comunhão com de Deus (Veja o v7).

E mais...

Pv 16.18 - “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.”...”

Pv 11.2 - “Em vindo à soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria”.

Fp 2.3 - “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Cf. Tg 4.6).

APLICAÇÃO. Todo soberbo é egoísta e vazio de sentimentos bons, por isso em nada agrada a Deus e em nada serve ao seu próximo.

Ao contrário da humildade, para a soberba servir é uma humilhação.

Mas, Deus espera de nós um agir por humildade uns para com os outros, pois é a humildade na graça que nos garante as bênçãos de Deus:

Veja o V.10 - “E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer”. (cf. 1 Jo. 2.16).

6 – Motivados agem por sobriedade. Vs. 8,9

“8 Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; 9 ao qual resisti firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos no mundo”.

A motivação verdadeira não age de modo negligente e irresponsável.

O negligente é descuidado e, mesmo quando faz algo de bom, por ser irresponsável, sempre acaba ferindo a si mesmo e ao próximo.

Agir conforme a verdadeira motivação é agir com sobriedade, mantendo-se em estado de alerta, pois sabe que a falta de sobriedade e de atenção é espaço para o pecado e para o inimigo atacar.

APLICAÇÃO. A sobriedade do cristão vem de seu conhecimento da Palavra de Deus e de sua comunhão no Espírito Santo.

Deus quer que os filhos vivam com sabedoria, vigiando e orando para que identifiquem as suas próprias fraquezas e evitem as armadilhas armadas pelo inimigo ao longo dos caminhos da vida.

Observe o que o Senhor nos diz em Provérbios 13.14 e 14.27: “A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte. O temor do SENHOR é fonte de vida, para desviar dos laços da morte”.

Segundo Deus, os Seus filhos devem agir movidos pela sobriedade que os anima nos sofrimentos e os deixa vigilantes e capazes para evitar e resistir ao mal.

CONCLUSÃO

Portanto, devemos nos perguntar qual é a nossa verdadeira motivação para viver e para fazer as coisas que temos feitos no contexto da vida, da família, do trabalho, da escola e da igreja.

Estamos sendo espontâneos e agindo de boa vontade?

Somos exemplos uns para os outros e vivemos como quem receberá a imarcescível coroa de glória?

A humildade com uma vida sóbria são marcas que podem ser observadas nas nossas atitudes de resistência na fé diante do pecado e do diabo?

Deus quer que descubramos a nossa verdadeira motivação em Sua graça bendita e que enfrentemos as dificuldades da vida servindo a Ele e uns aos outros com alegria no coração, sempre perseverando na fé que nos salvou.

Assemelhados aos crentes da igreja primitiva, creiamos e façamos da graça de Deus a verdadeira motivação para resistirmos firmes na fé!

Assim...

“10 E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer. 11 A ele seja o domínio para todo o sempre. Amém.”
Adaptação: Pr. Ozéas Dias Gomes.

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