PARÁBOLA - O AMIGO INOPORTUNO
Lucas
11:5-13 - A Parábola do Amigo
Inoportuno (ou Amigo Fora de Hora).
Essa parábola está
colocada no Evangelho de Lucas na sequência da chamada “Oração do Pai Nosso”.
Mas no caso de Lucas,
em vez de continuar com uma exortação para que os homens se amem uns aos outros
como fez Mateus, ele introduz uma parábola que tem a intenção de nos ensinar a
sermos perseverantes em oração, na mesma linha da parábola do Juiz Iníquo de
Lucas 18:1—8.
Lucas é o único dos
evangelistas a apresentar essa parábola.
O PROPÓSITO DA
PARÁBOLA
Na sociedade em que
Jesus vivia, era comum o discípulo pedir instruções a seu mestre quanto à
oração. Foi nesse contexto que a prática da oração particular na vida de Jesus
despertou nos seus discípulos o desejo de aprender a orar também.
Então, imediatamente,
depois de Cristo ter dado aos seus discípulos a oração-modelo (Lc 11:2-4), ele
os instruiu através de uma parábola: a do amigo importuno (Lc 11:5-8).
Logo, percebemos que
essa estória é parte de um contexto bíblico que trata da prática da oração (Lc
11:9:13).
A VERDADE DA
PARÁBOLA
A verdade principal
desta parábola é mostrar-nos a importância de perseverarmos na oração, com
humildade e confiança: Eu afirmo a vocês que pode ser que ele não se levante
porque é amigo dele, mas certamente se levantará por causa da insistência dele
e lhe dará tudo o que ele precisar (Lc 11:8)
Esse ensino central de
que o cristão tem o dever de insistir sempre em oração é também destacado por
Jesus nos versículos seguintes à parábola: E eu vos digo a vós: Pedi, e
dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que
pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á (Lc 11:9-10).
Os três verbos
“pedi”, “buscai” e “batei”
revelam a necessidade de persistência.
O ensino é este:
continue pedindo, continue buscando, continue batendo. O crente nunca deve
vacilar em sua certeza de que Deus responderá a seus filhos que o buscarem.
Assim, devemos continuar pedindo ao Senhor, insistentemente, ainda que as circunstâncias
sejam desafiadoras e desanimadoras.
Todavia, isso não
significa autorização divina para o cristão chegar diante de Deus ordenando-lhe
ou cobrando-lhe respostas imediatas, sem antes procurar entender e obedecer à
vontade divina. Insistência não significa desrespeito a Deus.
LIÇÕES IMPORTANTES
Porém, a parábola do
amigo importuno ensina os servos de Deus a insistirem na oração.
Portanto, seja
insistente na oração, mas mantenha o respeito a Deus no coração.
1. A NECESSIDADE DA
PERSEVERANÇA NA ORAÇAO
O Senhor Jesus sempre
ensinava o que também praticava. Antes desta parábola sobre a oração ele mesmo
orou e ensinou a orar (vv.1-4).
0 exemplo da
perseverança em oração (vv.5-7). No capítulo 11 de Lucas, Jesus nos motiva a
orar pelo seu exemplo em oração (v.1); por sua oração modelo (vv.2-4); por sua
parábola sobre a oração (3-8); por sua promessa sobre a oração (vv.9,10); e por
sua ilustração sobre a oração (vv.11-13).
2. A RECOMPENSA DA
PERSEVERANÇA EM ORAÇAO
Não basta a
perseverança. Notemos que além da perseverança daquele homem à porta do outro,
em busca do que ele tanto precisava, a Bíblia diz que eram amigos (vv.5 ,8).
Como são os amigos de
Jesus, e quem são? Ver J0 15.14; Tg 4.4.
Que ninguém se iluda
diante da evidência da Palavra de Deus. O termo “importunação” no v.8
(“anaideia”) corresponde a ousada persistência.
O termo correlato na
oração perseverante e intercessória de Abraão por Ló; Gn 18.27.3 1 é
atrevimento.
Aspectos da oração perseverante (v.9).
Pedir, buscar, bater. Esses termos no original falam de ação contínua
e não de um ato isolado.
Pedir é continuar
sempre pedindo.
Buscar é continuar
sempre buscando.
Bater (à porta) é
continuar sempre batendo.
Para cada aspecto da oração há
uma promessa do Senhor.
Pedir. Isso nos ensina a sermos definidos nas nossas
orações. Um pedido deve ser algo pensado, fruto de nossa vontade diante de
Deus, tendo em vista primeiramente a sua glória. A promessa: “Quem pede
recebe”(v.10).
Buscar. Isso nos fala da expectativa na oração. Não
se busca algo inexistente. A fé em Deus nos leva a aguardar a bênção com
expectativa. Ela nos conduz ao interior do véu para vermos o invisível como
sendo real. Ver Moisés, em Hb 11.27. A promessa “Quem busca acha” (v.10).
Bater. Isso nos ensina a perseverança na oração. Como disse Jesus em Lc 18.1:
“Orar sempre e nunca desfalecer”. Vimos que para cada aspecto da oração há uma
promessa. Devemos orar firmados nas promessas divinas. Quanto ao cumprimento
das promessas (isto é, a resposta da oração), isto pode demorar.
A resposta da ororDeus. “E lhe dará tudo o que houver mister” (v.8).
Isto é, tudo o que necessitar. Não somente três pães, mas tudo o que for
preciso da parte de Deus
3. A AÇÃO DO
ESPIRITO SANTO NA ORAÇÃO PERSERVERANTE.
Espírito Santo e a
oração (v.13).
Jesus concluiu a
parábola do Amigo Importuno ressaltando a suprema importância do Espírito Santo
na vida do crente, e isto Ele o fez neste contexto da oração.
Pelo conteúdo do
versículo, trata-senão do Espírito Santo na vida do crente a partir do novo
nascimento, mas da sua plenitude em nossa vida.
Os apóstolos já tinham
o Espírito Santo quando Jesus lhes falou as palavras de Lc 24.49; At 1.5;2.38.
Aqui se trata pois da
plenitude que vem da presença e aç do Espírito Santo. “Cheios do Espírito
Santo”, como em At 2.4. O Espírito Santo na vida do crente é a sua maior
necessidade.
Fonte: Blog: Esboço de sermões para pregadores
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