ONUS E BÔNUS – Cursos de Teologia reconhecido pelo MEC
Movimento que se iniciou há décadas e que hoje é realidade, já com mais de uma centena de Cursos de
Teologia em nossos Seminários autorizados e reconhecidos pelo MEC, presente em
vários Estados da federação.
“Contemplam teologias subjacentes a diferentes confissões:
adventistas, batistas, católicas, evangélica luterana, metodista, espíritas,
entre outras...” (Portal do MEC – Diretrizes Curriculares Nacionais para o
curso de graduação em teologia.).
Considerando esta realidade vale lembrar que em nossas
Assembleias, neste caso, sendo eu batista; me refiro às Convencionais Batista Brasileira e Estaduais, em suas
câmeras setoriais, coordenadorias e juntas educacionais, e em seus
plenários convencionais, muitas foram as propostas de estudos para que nossos
Seminários buscassem o Reconhecimento do MEC, para que nossos cursos teológicos
tivessem o Status de Curso Superior com a
Chancela do Ministério da Educação do Brasil. Ou seja, deixar para trás
a posição de Cursos de Teologia Livres!
Bônus! Com os
nossos Cursos Teológicos obtendo o grau de Curso Superior, nossos vocacionados
habilitados para a cadeira de Teologia, passam a ter em seus currículos: 3º
Grau – Formando Teólogos, reconhecido pelo MEC, quando nos Cursos Livres temos
apenas o reconhecimento confessional denominacional.
ONUS – Ou seja, exigências
e responsabilidades a ser cumpridas.
É que em nossos
Seminários, agora Faculdade de Teologia, com a Chancela do MEC, precisam
cumprir todas as exigências, para se tornar e manter-se RECONHECIDA PELO MEC!
Vejamos:
Nas Diretrizes Curriculares, apresentadas pelo MEC, para que um Curso de Teologia seja aprovado e
reconhecido pelo MEC, é citado a LDB da Educação Brasileira que nos incisos I,
III, e VI estabelece o de dever:
I – Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito cientifico e DO PENSAMENTO reflexivo
(...).
III – Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação cientifica,
visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da
cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento
do homem e do meio que vive (...).
VI – Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente em participar
os nacionais e regionais (...).
E o Relatório de uma Comissão Especial de Educação;
devidamente aprovado, trata das Diretrizes Educacionais para que os Cursos de
Teologia tenham a aprovação e regularização do MEC acrescenta:
“É importante, portanto, que os cursos de Teologia bachelarelado, no
país garantam o ACESSO À DIVERSIDADE
e à complexidade das TEOLOGIAS nas
diferentes culturas e “permitam” analisá-las à luz dos diferentes
momentos históricos e contextos em que desenvolvem. Devem, ainda garantir uma ampla formação cientifica e
metodológica por meio da FLEXIBILIDADE
curricular na área do conhecimento e interpretação com as áreas afins”.
E acrescentam,
vejam:
“Por essa razão, os
estudos das teologias dentro da área de Ciencia Humanas conforme classificação
CAPES/CNPq, não pode prescicindir de
conhecimentos das Ciencias Humanas e Sociais, da Filosofia, da Antropologia, da
Psicologia, e da Biologia, entre outras. O estudo da Teologia deve, ainda dialogar com outras áreas cientificas,
possibilitando estudos interdisciplinares”
“Salienta-se, igualmente,
a importância do respeito à laicidade do
Estado, a fim de evitar que os cursos tenham um caráter exclusivamente proselitista,
fechado em uma única visão de mundo e de homem, Espera-se que os cursos de
graduação em Teologia, bacharelado, formem
teólogos críticos e reflexivos, capazes de compreender a dinâmica do fato
religioso que perpassa a vida humana em suas dimensões”
E então a
Diretriz Curricular para os Seminários que desejam o reconhecimento do Cursos
de Teologia e aprovação do MEC, deve se submeter, assim o Relatório Aprovado apresenta
a seguinte proposta:
“Propõe-se que os currículos
dos cursos de graduação em Teologia, bacharelado, desenvolvam-se a partir dos
seguintes eixos:”
I- Eixo Teológico – que
contemple os conhecimentos que caracterizam a sua identidade e prepare o aluno para a reflexão e o diálogo
com as diferentes teologias nas diferentes culturas.
E os demais
eixos são:
Filosóficos – avaliar linhas
de pensamento, Metodológico – produção do conhecimento, Histórico – compreensão
dos contextos históricos, Sociopolítico – Analises de cenários e seus efeitos
nas relações institucionais, Linguísticos – Interpretação de textos e
procedimentos hermenêuticos, Interdisciplinares – Diálogo com diferentes
saberes.
A Diretriz
Curricular apresenta a proposta, para que os Cursos de Teologia tenha a aprovação
e reconhecimento do MEC é preciso que os Cursos de Teologia tenham a duração mínima
de 1500 horas e 4500 horas. Considerando que se trata de Cursos de Graduação Bacharelado,
recomenda-se um mínimo de 2.400 horas.
Diante do exposto
podemos considerar a complexidade para o exercício da administração dos nossos Seminários,
e se reconhecidos pelo MEC, “Faculdades Teológicas”, quando precisam atender as exigências de MEC
para inclusive manter a Autorização e a capacidade de oferecer um Cursos Teológico
à nível de Grau Superior, com a chancela do MEC. É preciso considerar:
Comtar com
gestores comprometidos com confecionalidade denominacional a que a instituição teológica
pertence, para atender as exigências dos órgãos públicos de controle
educacional, sem ferir o pensamento e princípios da sua denominação religiosa,
No caso, por exemplo; como
pastor e educador religioso batista, atuando por mais de 45 anos, no pastorado, ensino teológico, liderança cristã e institucional; conheço e faço referencia as nossas
instituições teológicas batistas; no tempo em que escrevo este artigo o Pastor
Fernando Brandão é Diretor Interino do Seminário Teológico Batista do Sul do
Brasil (STBSB); que tem o seu Curso de
Teologia reconhecido pelo MEC, a denominação, tem no seu atual diretor a confiança que com
discernimento e sabedoria Divina administra o ensino para que em sala de aula, possa contar com a
presença de professores comprometidos com a confecionalidade batista, e nas conferencias teológicas, sim, convida para esses eventos, homens e mulheres, palestrantes, pessoas íntegras, e mesmo com saberes teológicos diferenciados, com
certeza são orientados quanto ao respeito aos princípios e doutrina defendidos
pelas igrejas batista e por nossas Convenções tanto a Brasileira como as
Estaduais, assim como as Associações Regionais. E que com certeza assim procedem os gestores dos diversos seminarios batistas em todo o Brasil!
Mas deixo aqui algumas considerações:
a) Entendo
que os Seminários Regionais de Igrejas e Associações devem e podem Manter os
seus Cursos de Teologia Livre, desde que reconhecido e associados a ABIBET –
Associação Brasileira de Instituições Batista de Ensino Teológico.
b) Que pastores,
e igrejas conduzam aos nossos Seminários candidatos que realmente têm o chamado
para o Ministério Cristão e Pastoral, demonstrados e atestados, em suas igrejas Batista.
c) Que os
formados em Teologia vindos de Instituições não confessionais; isto porque
muitas faculdades oferecem Cursos de Teologia de 3º Grau. Sejam orientados a
buscar em nossos Seminários Batistas complementação
principalmente nas áreas de Teologia Sistemática e, Eclesiologia Batista, e
Administração Eclesiástica Batista, para sejam auxiliados em seus desempenhos
Ministeriais em nossas Igreja Batista,
Que o Senhor
nos ajude
Pr. Ozéas
Dias Gomes, Fevereiro 2025
Embora seja "importante" esse reconhecimento, perdemos uma coisa importante que é a carta de recomendação da Igreja e pastor local, assim, os candidatos vão de certa forma para o seminário sem as vezes a consulta do pastor e igreja com intuito de só aprender.
ResponderExcluirVerdade! Vejo isto como prejuízo, daí nas minhas considerações faço a sugestão para que os Seminários das Associações de Igrejas, ou até mesmo administrados por Igreja mantenham seus Cursos de Teologia na modalidade Livre! Aí neste caso, as cartas de reconhecimento das igrejas podem funcionar
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