APRENDER A VIVER OS NOSSOS DIAS

Sobre os cuidados do Senhor Deus Eterno.

SALMO 90

O Salmo 90 é um salmo de lamentação, em que a comunidade reclama do juízo de Deus e da brevidade da vida.

Todavia, em meio à tristeza, o povo reconhece a segurança que tem no Senhor e ora por sua renovação.

É um poema no livro de Salmos atribuído a Moisés, que escreveu outros dois poemas, registrados no Pentateuco (Êx 15; Dt 32).

O Salmo 90 abrange quatro aspectos:

(1) afirmação da segurança de uma vida próxima ao Senhor (v. 1,2).

v.1. SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.

v.2. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.

Salmos 90:1,2

90.1,2 — Senhor, aqui, não é o nome próprio de Deus

Êx 3.14,15 – O nome é “Eu Sou” = O Eterno.

Senhor - Sugere um título semelhante a meu Mestre Supremo.

Refúgio - Refere-se ao Senhor como abrigo para o Seu povo

Sl 71.3 – Nossa Habitação Forte.

Sl 91.9 – No Senhor – Nosso Refugio e habitação Forte.

De geração em geração. Desde o começo de sua história, o povo encontrara no Senhor seu refúgio e proteção. 

(2) queixa a respeito da brevidade da vida (v. 3-6).

v.3. Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens.

v.4. Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.

v.5. Tu os levas como uma corrente de água; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce.

v.6. De madrugada floresce e cresce; à tarde corta-se e seca.

Salmos 90:3-6

90.3 — Volvei. Referindo-se às palavras de Génesis 3.19.

O poeta lembra as palavras de Deus que fazem a vida física do homem tornar ao pó. Note-se o jogo de palavras com voltar no versículo 13 – Volta-te para nós.

90.4,5 — Mesmo que as pessoas vivessem mil anos, passariam como a vigília da noite.

Mil anos pode parecer muito tempo, mas nada é em comparação à existência eterna de Deus.

A erva brota depois da chuva, mas logo murcha sob o calor — quase que no mesmo dia.

(3) queixa a respeito do juízo de Deus na vida de Seu povo (v. 7-12).

v.7. Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor somos angustiados.

v.8. Diante de ti puseste as nossas iniquidades, os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto.

v.9. Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se conta.

v.10. Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.

v.11. Quem conhece o poder da tua ira? Segundo és tremendo, assim é o teu furor.

v.12. Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.

Salmos 90:7-12

90.7 — Furor. Uma alusão à ira de Deus contra os israelitas descrentes no deserto.

Uma geração inteira passou sua vida errante pelo deserto por causa de sua descrença e rebeldia.

90.8-10 — Moises disse: Setenta [...] oitenta anos. O objetivo aqui não é o de estipular um prazo máximo, mas apresentar uma noção da brevidade da vida humana.

Gen. 6:3 – Diante das contendas... Homem Carne – Seus dias 120 Anos. (O Senhor Disse)

Não importa quanto possamos viver, é inevitável que, um dia, voamos desta vida, com a morte.

90.11,12 — Estes versículos são a chave do salmo.

Moisés havia sofrido suficientemente a cólera de Deus

(Êx 32; Nm 14-11-25; Dt 3.23-28).

Ensina-nos. Moisés buscava uma nova compreensão do sentido de sua vida.

Contar os nossos dias. Não se trata apenas de ter o senso de mortalidade; significa valorizar o tempo que temos, empregando-o em propósitos eternos.

(4) oração pela restauração do povo (v. 13-17).

v.13. Volta-te para nós, Senhor; até quando? Aplaca-te para com os teus servos.

v.14. Nos farta de madrugada com a tua benignidade, para que nos regozijemos, e nos alegremos todos os nossos dias.

v.15. Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.

V.16. Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre seus filhos.

v.17. E seja sobre nós a formosura do Senhor nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.

Salmos 90:13-17

Aplicação

O Senhor é apresentado no Salmo como refugio comparado a uma habitação segura.

Deus é declarado autor da Vida, e da Morte.

Deus é conhecido por sua infinitude, ou eternidade.

O Senhor é reconhecido poderoso sobre todas as coisas

O Senhor é conhecedor de todas as nossas mazelas – carne.

O Salmo apresenta a verdade da finitude do homem – é pó.

Moisés, autor do Salmo, apresenta e declara os limites da sua compreensão – Assim são todos os homens.

O Autor do Salmo faz orações: Pedindo sabedoria para viver os seus dias, pedindo pelo retorno do Senhor, pedindo por respostas às suas queixas, pedindo capacidade de ser declaradas as obras dos servos do Senhor.

Conclusão

Moisés ao escrever o Salmo 90 mostra a sua intenção:

Mesmo diante dos desafios, ele deseja viver com sabedoria os seus dias, aproveitando cada oportunidade,

Com isso, conclui-se que Moisés diante de tanto sofrimento e aflição, fez o Salmo 91 a partir de orações feitas ao senhor, buscando uma resposta e um alívio para as dores e infelicidade que estava passando naquele momento, e que tudo isso fosse sanado.

Assim, podemos entender o que o próprio Jesus declara ao dizer o que o evangelista João escreveu nos evangelho que tem o titulo o seu próprio nome:

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. João 16:33

Pr. Ozéas Dias Gomes – Setembro 2022 – IBVS

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