EM MEMÓRIA DE MIM


Mateus 26:26-30 (Mc. 14:22-26; Lc, 22:14-20; 1ª Cor. 11:23-25)

Nos Evangelhos: Está registrada a instituição da Ceia do Senhor, ato de Jesus Cristo, por ocasião da Páscoa Judaica, Ele a institui para que e ordena aos crentes a Sua Celebração como memorial do Seu Sacrifício na Cruz.

O Cenário revelado no texto de Mateus que circundam os preparativos da Páscoa de Jesus com os Seus Discípulos, e a instituição da Ceia do Senhor:

- Após o Sermão Profético (ou da Montanha – Mat. 24): Princípios das dores, a grande tribulação, a Vinda do Filho do Homem,

- Parábolas referentes ao Reino de Deus – Mat. 24:29-50; Mat. 25:1-46)

- O Plano para tirar a vida de Jesus – Mat. 26:1-5.

- Jesus é ungido em Betânia – Vaso de Alabastro – Mat. 26:6-13

- O pacto da traição – Judas – Mat. 26:14-16.

- O Discípulos preparam a páscoa – Cenáculo emprestado – Mat. 26:17-19.

- O traidor é indicado – Judas – “O que mete comigo a mão no prato” – Mat. 26:30-25

- A CEIA DO SENHOR – Mat. 26:26-30

- Pedro é avisado – Negar a Jesus – Mat. 26:31-35

- Jesus no Getsêmani – Mat. 26:36-46

- Jesus é preso – Mat. 26:47-56
- Jesus perante o Sinédrio - Mat. 26:57-68

- Pedra efetivamente Nega a Jesus – Mat. 26:69-75

- Cap, de Mateus 27 e 28 – Narram o sacrifício e ressurreição de Jesus.

- E todos estes episódios, vemos cumprir as profecias do VT, principalmente Isaías 53 – O sofrimento do Messias.  

Na carta de Paulo - 1ª Cor. 11:23-26:

Com ênfase na Celebração da ceia do Senhor e como devemos encarar isso. Um texto Bíblico que retrata com detalhes uma celebração de ceia.

Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto, em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque , todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.

Paulo fala como quem estava junto no dia em que Jesus celebrou a última ceia com os discípulos, pois diz: “Recebi do Senhor…”; Paulo recebeu sem estar lá. É esta a nossa condição hoje. Recebemos do Senhor, ou seja, é uma verdade, é vivo.

Paulo conheceu Jesus depois de prender, perseguir e até concordar com a morte de muitos cristãos, mas Jesus se revelou para Paulo, de tal forma que Paulo nunca mais esqueceu, nunca mais foi o mesmo, e dedicou-se então a falar de Jesus por todos os dias da sua nova vida.

Jesus mostrou a sua glória para Paulo (At 9:1-19).

Em Jo4:40, Jesus fala a Marta : “...se creres, verás a glória de DEUS” e então ressuscita Lázaro. Podemos imaginar a reação das pessoas que estavam próximas neste momento, pois não há nada de normal em ressuscitar mortos.

Marta, com certeza, nunca mais foi a mesma, pois viu a glória de DEUS. Porém, para ver a glória de DEUS é necessário crer! Crer em DEUS, em sua palavra, da mesma forma que Paulo creu que recebeu do Senhor.

Em Lc 22:14-15 está escrito:

 Chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento.”

Nos Evangelhos referentes a Ceia, Jesus mostra necessidade de compartilhar seus sentimentos, sua angústia com seus companheiros.

Sabendo o que estava para acontecer ele já estava sofrendo e, como se não bastasse, ele é traído na mesma noite e ainda avisa Pedro.

Lc22:31-32:Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.”

Vendo ao texto de l Co 11:23-26, onde Jesus diz:

a) “Meu corpo dado por vós”, Jesus nos fala para comer do alimento espiritual, que é alimento necessário para produzir a verdadeira vida.

b) Onde diz: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue”, é estabelecido um novo pacto de DEUS, pacto eterno, conosco.

Somos limpos de todo pecado, pois Jesus se sacrificou por nós.

Essa nova aliança havia sido profetizada por Jeremias, observe:

Jr 31:31-33:

Estão chegando os dias, declara o Senhor, quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá…esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias, declara o Senhor: Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo”.

É tremendo ver a importância do sacrifício de Jesus, como isso nos aproximou de Deus. A ceia é santa porque nos traz à memória a separação que temos do pecado por meio do corpo de Cristo.

c) No texto de 1 Co 11, onde diz: “fazei isso em memória de mim”, não é apenas para recordar, mas para refletir profundamente em tudo o que ele fez por nós.

d) Onde diz: “até que eu venha”: Jesus aponta para além da sua morte que nos trouxe redenção, pois seu Reino será estabelecido.

Portanto:

Participamos da ceia do Senhor porque somos família!

1 Co. 10:16-17:

“16. Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é uma participação no sangue de Cristo, e que o pão que partimos é uma participação no corpo de Cristo? 17. Por haver um único pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos, participamos de um único pão (corpo)”. 1 Coríntios 10:16,17  

Efésios 4: 1-6

“V.1. Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
V.2. Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
V.3. Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
V.4. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
V.5. Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
V.6. Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós”.
Efésios 4:1-6

Filipenses 1:27

“Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho”. Filipenses 1:27  

Filipenses 2:1-4

“v.1. Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões v.2. Completem o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
v.3. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
v.4. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”.
Filipenses 2:1-4

A QUE PREÇO, SENHOR?
Myrtes Mathias

Quando medito, Senhor,
Nas palavras que pronunciaste
Em Tua última noite:
“Em memória de Mim”...

Quando penso que milhões curvam a fronte
Para comer uma migalha de pão
E tomar um minúsculo cálice de vinho
Em memória do “Filho de carpinteiro”,

Do incompreendido Líder de uma minoria,
Volta-me à mente e ao coração
O preço que isto Te custou.
“Em memória de Mim”.

O que já não foi feito em memória Tua?
Em Teu nome, guerras foram declaradas,
Reis perderam o trono,
Plebeus atingiram a fama e a santidade.
Milhares caminharam para a morte
Entoando hinos,

Deixando-se dilacerar por feras,
Enquanto aproveitaram o último alento
Para uma derradeira profissão de fé e amor:
“Salve, Cristo, quem vai morrer Te saúda”!
Nenhum herói conseguiu mudar assim
O coração dos homens, os destinos da humanidade.
Mas a que preço, Senhor!
A que preço!

Que de angustia, oculta sob a ternura dos gestos
De cortar o pão e abençoar o vinho!
Que solidão imensa na simbólica distribuição
Que só Tu sabias ser o primeiro passo
Na direção do calvário;
O primeiro degrau na escala de todo horror
Que, já naquele instante, a terrível onisciência,
Te fazia sofrer:

A luta no Getsêmani,
O beijo de Judas,
A brutalidade dos soldados,
A hipocrisia de Caifás,
A covardia de Pedro,
O abandono total e absoluto da cruz.
Já não Te feriam os ouvidos
A dúbia voz de Pilatos

E o “crucifica-o”, de Teus próprios irmãos?
E foi na contemplação de mil dedos
Apontados em Tua direção,
Já sentindo na carne o dilacerar dos cravos,

Que ordenaste, num tom que mais parecia um pedido
De quem ama na hora de dizer adeus:
“Fazei isto em memória de Mim”.

Só Tu tiveste autoridade para uma ordem assim.
Mas a que preço, Senhor!
A que preço!

Tão grande que me faz transbordar de gratidão a alma,
Quando medito no Teu mandamento-pedido:
“Em memória de Mim”.

Bem sei que Te custou a vida
Escreve-lo na mesa da casa que é Tua,
Em meu coração, que também é Teu.

(Extraido do Livro Há Um Deus em Tua Vida - págs.53-54)

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