O SERVO SOFREDOR
Pelo
seu sofrimento se consumou a redenção do pecador.
Isaías 53
O texto é do Profeta Isaias, filho de Amoz, profeta nos
dias dos reis: Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias. Reis em Judá. Anos 716-698 a.C.
Todo o livro registra a Visão Profética a respeito às
relações de Judá e Jerusalém, com vista ao cumprimento da vinda do Messias.
Isaias é conhecido também, como Profeta dos Evangelhos,
porque na sua profecia ele se ocupa principalmente na revelação e manifestação
futura do MESSIAS – O Cristo do NT, principalmente quanto ao seu ministério e
consumação da obra da salvação para os judeus e gentios. Cap. 53 é a histórica
revelação da missão do Messias, seu sofrimento em favor do resgate do povo de
Deus.
Isaías 53: Apresenta sua notável
descrição do "Servo sofredor", dando uma breve, mas poderosa, visão
geral de todo acontecimento do sofrimento do Messias.
Apresentado numa forma
tremendamente desfigurada:
“Ele não aparentava
qualquer formosura ou majestade que pudesse atrair os seres humanos, nada havia
em seu aspecto físico pelo que pudéssemos ser cativados”. Isaias 53:2
- Não tinha Formosura
- Ou Majestade
- Não era atraente diante dos seres humanos da sua
época.
- “nada havia
em seu aspecto físico pelo que pudéssemos ser cativados”unão tinha pecado, para que nele nos
tornássemos justiça de Deus”.
O apóstolo Pedro cita trechos deste capítulo ao resumir os
relatos das testemunhas oculares (1Pe 2.21-25 - Testemunhas do Cristo que
padeceu pelos pecpecadores).
QUEM É O MESSIAS?
O Servo do Senhor!
1 “Quem creu … ?” Quem teria crido no relato da humilhação e exaltação do
Messias, o Servo do Senhor.
Em quem se cumpriu o propósito da Redenção: "O braço.” O instrumento pelo qual alguém
cumpre seus propósitos. Aqui o “braço” de Deus, ou poder, se revela na salvação
do ser humano.
2. O submisso: “Perante Ele.” “diante de Deus”, no sentido de ser
submisso à Sua vontade, e sujeito ao Seu cuidado.
Cresceu em Estatura; Graça e em
Verdade: “Como renovo.” Cristo
cresceu físico, mental e espiritualmente em harmonia com as leis naturais do
desenvolvimento humano.
Ele não foi O MESSIAS que os Judeus
erroneamente esperavam! - “Terra seca”. Uma planta que nasce em solos em água não cresce de forma
plena e não é atrativa. Para os líderes dos judeus, o caráter de Jesus não era
atrativo; nem produtivo para eles; porque esperavam um Messias - Rei na
Terra!
Ele não tinha a postura de um Rei! “Nem formosura”. …Nada
que chamasse a atenção.
Os seres humanos não deveriam ser atraídos a Cristo por
meio de demonstração de glória aparente, mas
pela beleza de uma vida justa.
Ele não
era o tipo de Messias em que os judeus estavam interessados.
Um Messias, como um homem de dores: 3. “Homem de dores”. Por meio da humanidade de Jesus, a
Divindade experimentou tudo o que a humanidade mortal herdou. Ele sofreu todos
os maus-tratos e maldades que homens ímpios e anjos maus puderam fazer contra
Ele, tendo como final o julgamento e a crucificação!
O Messias que nao teve a atenção do
seu povo: “Escondem o rosto ”. Em vez de se compadecerem de Cristo em Sua aflição,
os seres humanos se desviaram dEle com amargura e desprezo.
Não tiveram compaixão e o repreenderam por Seu destino
trágico (ver Mt 26:29-31; 27:39-44).
Até os discípulos O abandonaram e fugiram (Mt 26:56).
O QUE FEZ O MESSIAS?
4. Tomou sobre si “Nossas
enfermidades”. Os v. 4 a 6 enfatizam a natureza vicária dos
sofrimentos e da morte de Cristo.
O fato de ter sido pelos pecadores e não por Si mesmo que
Ele sofreu e morreu é reiterado nove vezes nestes versículos, e novamente nos
v. 8 e 11.
Ele sofreu em lugar do pecador. Assumiu a dor, a humilhação e os maus-tratos que outros
mereciam.
5. Tomou aobre si “O nosso castigo”. Isto é, a punição necessária para
nos reconciliarmos com Deus (ver Rm 5:1).
PORQUE FEZ ASSIM O MESSIAS?
6. Todos nós andávamos desgarrados. A mensão a ovelha está presente na
experiência dos palestinos desde o VT. Devido
o cuidado do Pastor para com o rebanho.
COMO FEZ O MESSIAS?
7. Ele “Não abriu a boca”. Isto é, para protestar, reclamar ou
se defender. O silêncio era evidência de
submissão completa e inquestionável. (ver Mt 26:39-44).
O que o Messias fez foi de forma voluntária, a fim de que
pecadores condenados pudessem ser salvos (sobre o cumprimento desta profecia.
(ver Mt. 26:63; 27:12, 14).
8. Se Deixou ser julgado sem causa: “Por juízo
opressor”. O
Messias não foi julgado com justiça. Apesar do pretenso procedimento judicial,
o veredito não foi justo.
“E de Sua linhagem, quem dela cogitou?” …quem
se interessava por Seu destino?”. … ninguém O defendeu. Ele sofreu tudo
sozinho.
Foi assim: “Por causa da transgressão”. Sobre
a natureza vicária dos sofrimentos e da morte de Cristo, ver Is. 53. vs. 4-6.
“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou os
nossos pecados, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido
e afligido”.
“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi
esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava
sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados”.
“Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou
para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos
nós”. Isaías
53:4-6
9 Foi contado “Com os
perversos”. O
Servo justo (ver Is 52:13) foi morto como pecador, não como santo.
Após ter dado a vida pelos transgressores, foi colocado
entre eles em Sua morte.
Foi sepultado “Como um rico”. Ele seria sepultado na tumba de um
homem rico, a de José de Arimateia (Mt 27:57-60).
PARA QUE FEZ O MESSIAS?
10. Agradar ao Pai: “Ao SENHOR
agradou”. O Senhor não Se alegrou com o sofrimento de Seu Servo (ver
com. de Is 52:13), o Messias.
Foi visando a
Salvação e o bem estar eterno do
ser humano, Ele teve de sofrer.
A frase “ao SENHOR agradou” indica que isso “foi da vontade
do Senhor”. Só assim o plano de salvação poderia ter êxito.
E, por meio dEle, a vontade de Deus prevaleceria mais uma
vez entre os homens (Mt 6:10; 7:21; Jo 17:6).
Para expiação do pecado: “Como oferta
pelo pecado”. . Esta oferta era apresentada quando se exigia uma
restituição, fosse a alguém ou a Deus.
A morte do Servo de
Deus proporcionou uma expiação aceitável e efetiva do pecado que
ocasionou a perda.
Este sacrifício era essencial à redenção e restauração do
ser humano (Jo 1:29; 17:3; 2Co 5:21; 1Pe 2:24).
A missão do Messias teria êxito.
Aplicação
A descrença é um estado de negação a Deus e ao seu poder.
Há uma grande diferença entre ter dúvida e ser incrédulo.
A
incredulidade é a atitude de rejeição à manifestação divina. A dúvida não é um problema até ela se converter em
incredulidade.
Vivemos, igualmente, tempos de descrença. Não só de descrença na religião (e nas igrejas), que
floresce cada dia mais e ressurge inclusive na esfera pública.
Presenciamos, por outro lado, a descrença no Deus das
Escrituras: O Deus soberano e que se interessa pelo ser humano.
Uma descrença prática que, a despeito de ser afirmar crer
em Deus, não acredita que ele seja capaz de “manifestar o seu braço”, intervir
na história e efetuar milagres em nossos dias.
Eis
a razão pela qual notamos um sem número de ateus práticos, inclusive em nossas
igrejas: creem com os lábios, mas descreem com o coração.
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